CRM vai ouvir vítimas e testemunhas de médico réu por assédio x5q1h
Até pouco tempo, Salvador era considerado foragido da justiça; mas conseguiu a liberdade depois de alegar problemas de saúde 2i6t1r
Depois de três anos de denúncias e investigações policiais, começa a apuração contra o médico ginecologista Salvador Walter Lopes de Arruda, 69 anos, no Conselho Regional de Medicina do Estado Mato Grosso do Sul. Mesmo em “lugar incerto e não sabido” o profissional acusado de assédio sexual a várias pacientes foi intimado a participar das audiências que vão ouvir testemunhas ainda este mês em Campo Grande.

A intimação ao médico foi publicada edital nesta quinta-feira (1º). No documento assinado pelo vice-corregedor Heitor Soares de Souza, é detalhado que as audiências do processo ético-profissional conta Salvador começa no dia 15 de junho, justamento com os depoimentos das denunciantes e das testemunhas do próprio médico.
Até pouco tempo, Salvador era considerado foragido da justiça, por isso, sequer o CRM sabia como encontrá-lo. A saída para continuar a investigação istrativa contra ele foi a intimação por edital.

Hoje, no entanto, já se sabe que o médico ginecologista está em São Paulo, morando em um edifício do bairro Campo Belo. Depois de ver o rosto estampado em cartazes de procurado, em abril deste ano, o advogado de Salvador enviou a justiça uma petição onde alegou que o cliente mudou de cidade para tratar problemas de saúde, no caso, hipertensão.
Com a “aparição” de Salvador, o mandado de prisão em seu nome, que já tinha cerca de um ano, foi revogado pela juíza May Melke do Amaral, da 4ª Vara Criminal em Campo Grande.
Se for considerado culpado, Salvador pode perder a licença para exercer a medicina.
Na justiça, o médico responde por importunação sexual e assédio sexual contra várias pacientes. Algumas delas relataram os momentos de terror vividos dentro do consultório do médico. Todas contam situações parecidas; foram acusadas, receberam “cantadas” grosseiras e chegaram a ser “agarradas” por ele. Os crimes são investigados pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).