“Coiotes" são presos em esquema de imigração na fronteira de MS 263p2g
Investigações apontam que até empresários estão envolvidos em atividades ilegais que permitiam o o de imigrantes ao Brasil; Corumbá era porta de entrada para o esquema 282i1
Pelo menos três mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (1º), durante a Operação Náuatle, deflagrada em Mato Grosso do Sul e outros três estados. A ação é resultado de investigam grupo suspeito de promover a entrada de imigrantes no Brasil, de forma ilegal.
Corumbá, a 413 km de Campo Grande, servia de porta de entrada para pessoas de outros países, principalmente da Bolívia.

De acordo com PF, ao todo, 26 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva estão sendo cumpridos aqui no estado, em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. A ação contou com apoio da Receita Federal.
As investigações tiveram início há cerca de seis meses, após a polícia identificar um aumento expressivo do fluxo migratório irregular na fronteira de MS.
Os grupos criminosos investigados funcionavam com a atuação de “coiotes”, pessoas que introduziam os imigrantes em território brasileiro, burlando a fiscalização migratória. O serviço era realizado mediante a cobrança de valores em dinheiro.
Já no Brasil, os imigrantes embarcavam em ônibus clandestinos e eram conduzidos, em grande maioria, até São Paulo (SP), onde eram empregados no setor da indústria têxtil, muitas vezes em condições de trabalho degradantes.
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Investigações também apontam que muitos desses imigrantes acabavam sendo recrutados por traficantes, para servirem como “mulas”. Dessa forma, as pessoas recrutadas transportavam drogas para o Brasil e retornavam com dinheiro em espécie para a Bolívia.
Ainda segundo a Polícia Federal, o esquema contava com a participação de empresários do ramo de transporte de ageiros, que disponibilizavam ônibus para a realização do transporte dos imigrantes sem conhecimento e autorização dos órgãos de controle. Motoristas de aplicativos também atuavam no transporte transfronteiriço dessas pessoas, ou como batedores, visando dificultar a fiscalização por parte da polícia.
Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme o aprofundamento dos trabalhos investigativos.
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O nome da operação é uma referência à língua e ao povo Náuatle, de origem asteca, que deram nome ao coiote, como são conhecidos os criminosos que promovem a introdução de imigrantes ilegais em território de outro país.