Cinco vítimas: investigações são enviadas à Justiça e fonoaudiólogo vira réu por estupro 33r63
As investigações sobre o estupro de cinco crianças atendidas pelo fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 29 anos, já foram concluídas e agora estão nas mãos da justiça. Pelo menos um dos casos já denunciado pelo Ministério Público Estadual e aceito pelo juiz nesta segunda-feira (29). Com isso, o profissional se torna réu por estupro de vulnerável.

Conforme o delegado Marcelo Batista Damaceno, até o momento, as investigações confirmaram o estupro de cinco pacientes pelo fonoaudiólogo. As crianças possuem de 4 a 8 anos e foram ouvidas em depoimento especial na delegacia especializada. Lá, relataram detalhes dos abusos que aconteciam dentro do consultório do profissional.
Os cinco inquéritos policiais já foram finalizados e enviados a justiça na semanada ada. Agora, os casos serão analisados pelo Ministério Público, que decide se Wilson será denunciado pelos crimes, ou não. Em pelo menos um deles, isso já aconteceu.
Segundo o advogado Silvio de Almeida, responsável pela defesa da primeira vítima identificada pela polícia, a denúncia sobre o estupro do paciente de 8 anos foi feita pelo Ministério Público e nesta segunda-feira aceita pelo juiz que irá julgar o caso. Por isso, Wilson já é réu pelo crime de estupro.
Durante as investigações, as equipes da delegacia entraram em contato com os pais de 200 crianças que foram atendidas pelo fonoaudiólogo. Cerca de 30 delas foram ouvidas na unidade policial. Agora, a orientação é que caso veja necessidade, os responsáveis procurem a especializada para que elas possam ser ouvidas por psicólogos. “Em praticamente todos os casos desse tipo, a criança fala para os pais primeiros”.
O depoimento especial é feito apenas pelo Depca e exige tempo e cuidado das equipes. Diferente de casos normais, as crianças são ouvidas por psicólogos e com uma linguagem compatível com a dela.
O fonoaudiólogo foi preso em flagrante no último dia 9 após um menino de 8 anos contar à mãe que estava sofrendo abusos sexuais.As vítimas, conforme as investigações, eram “escolhidas” pelo suspeito. Geralmente, abusava das crianças com maior dificuldade em se comunicar e oferecia doces para ganhar a confiança delas. O crime sempre acontecia durante as sessões, que não podiam ser acompanhadas pelos responsáveis.