Cidade que nunca registrou feminicídio vê Graciane ser a 1ª da história 2n6248
Angélica fazia parte da lista dos 14 municípios que nunca registraram o crime em MS, desde que ou a ser tipificado, em 2015 1m3d60
Um registro que nenhum município se orgulha de ter. Na manhã de domingo (25), Angélica registrou o 1º feminicídio desde que o crime ou a ser tipificado, em 2015. Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, morreu 3 dias depois de ser brutalmente espancada pelo marido, José Robério Viana de Souza, na quinta-feira (22).

De acordo com a Polícia Civil, após ser agredida, a mulher foi encaminhada para um hospital do município, mas devido à gravidade dos ferimentos, só conseguiu contar ao investigador do caso, que havia sofrido violência doméstica por alguns dias.
Diante da situação, Graciane foi encaminhada para um hospital de Nova Andradina, onde não resistiu aos ferimentos e morreu. Dessa forma, a mulher entra para as estatísticas do crime em Mato Grosso do Sul, se tornando a 12ª vítima do feminicídio em 2025.
Conforme dados do Monitor de Violência Contra a Mulher, do Poder Judiciário de MS, Angélica nunca havia registrado um feminicídio desde 2015, quando o crime ou a ser tipificado.
Até domingo, o estado contava com 14 municípios que não registraram nenhum caso nos 10 anos. Agora, as 13 cidades que nunca notificaram o crime de feminicídio são:
- Bodoquena;
- Brasilândia;
- Corguinho;
- Dois Irmãos do Buriti;
- Guia Lopes da Laguna;
- Jaraguari;
- Jateí;
- Paranhos;
- Rio Negro;
- Selvíria;
- Taquarussu;
- Vicentina;
Cidades com mais casos nos últimos 10 anos 374h6e
A lista dos 10 municípios de Mato Grosso do Sul com mais casos nos últimos 10 anos são:
- Campo Grande – 81 casos
- Dourados – 31 casos
- Três Lagoas – 27 casos
- Ponta Porã – 13 casos
- Amambai – 10 casos
- Costa Rica – 8 casos
- Paranaíba – 8 casos
- Rio Brilhante – 7 casos
- Sidrolândia – 7 casos
Entre os 4 municípios mais populosos do estado, apenas Corumbá não entra na lista, mas ocupa a 11ª posição, com também 7 casos.
Somente em 2025, MS já contabiliza 12 casos de feminicídios ocorridos em: Campo Grande (2), Água Clara, Caarapó, Cassilândia, Dourados, Juti, Nioaque, Sidrolândia, Itaquiraí, Coronel Sapucaia e Angélica. Os 10 municípios registraram 1 crime cada.
Além disso, no ano ado, nenhum feminicídio foi registrado em Mato Grosso do Sul, no mês de maio. Neste ano, fevereiro segue sendo o mês mais violento para as mulheres, com 5 ocorrências.
Feminicídios em maio 3f733

Até o momento, maio segue como o 2º mês mais violento para as mulheres em Mato Grosso do Sul, somente em 2025.
O primeiro registro aconteceu no dia 14 de maio, quando Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, foi encontrada morta no rio Aporé, em Cassilândia, após ser agredida pelo marido.
No mesmo dia, Simone da Silva, de 35 anos, foi morta a tiros por um rapaz de 22 anos, após um boato se espalhar em Itaquiraí, envolvendo a vítima e o pai do autor.
Já no dia 23, Olizandra Vera Cano, de 26 anos, foi assassinada pelo próprio marido, durante uma discussão no jantar. O caso aconteceu na Aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia.
O 4º caso é o de Graciane, sendo o 1º a ser registrado no município.