Celulares e drogas são apreendidas em cadeia e policial é presa em Alto Araguaia 60101s
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados durante a 'Operação o Maldito' realizada na manhã desta terça-feira (7) 64w5n
Duas pessoas foram presas, entre elas uma policial penal e um reeducando, durante a ‘Operação o Maldito’, realizada na manhã desta terça-feira (7), pela Polícia Civil. A ação visa o combate de diversos crimes, em especial o tráfico de drogas e o ilegal de aparelhos celular na Cadeia Pública do município de Alta Araguaia, a 426 km de Cuiabá.

A operação cumpriu dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão, além de bloqueios de contas bancárias e quebra de sigilo telefônicos, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Alto Araguaia.
Os mandados tiveram como base as investigações da Polícia Civil. A operação contou com 15 policiais civis e quatro viaturas, que realizaram uma inspeção completa em todas os ambientes da cadeia do município, com o foco na apreensão de drogas, aparelhos celulares e outros objetos ilícitos.
A inspeção contou com a participação do Grupo de Intervenção Rápida do Sistema Penal, da capital.
Entre os alvos estão uma policial penal e um reeducando apontado como o responsável pelo tráfico de drogas e o de celulares dentro da unidade prisional de Alto Araguaia.
De acordo as informações, desde agosto de 2022, cerca de 50 celulares e 300 porções de drogas foram encontrados no interior da cadeia. As investigações iniciaram naquele ano, logo após uma série de apreensões.
Investigações 6u1gs
A Cadeia Pública do município atualmente tem mais de 100 reeducandos, atendendo as cinco cidades da região, composta pelos municípios de Alto Garças, Alto Taquari, Ponte Branca, Araguainha, além de Alto Araguaia.

(Foto: Polícia Civil)
Com o andamento das investigações foi possível identificar a participação direta, de pelo menos, uma policial penal, que teve a prisão decretada.
As investigações apontaram que o processo iniciava com a arrecadação de celulares por membros de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas na cidade.
Conforme a polícia, os aparelhos celulares eram obtidos por meio da prática dos crimes de furto, roubo e até mesmo pela troca por drogas, realizada por usuários.
Os celulares então, eram entregues para a policial penal na casa dela e posteriormente, por possuir o ir na cadeia pública, ela reava aos internos. A participação da policial penal era recompensada com valores e drogas, caracterizando também o crime de corrupção.

Além disso, durante uma investigação envolvendo um caso de sequestro, tortura e cárcere privado, ocorrido na cidade, foi comprovado o intenso uso de celulares pelos presos, na medida em que os criminosos que estavam com a pessoa sequestrada fizeram várias ligações, por videoconferência, com os presos, numa espécie de ‘tribunal do crime’, para decidirem qual seria o destino da vítima.
O delegado responsável pelas investigações, Marcos Paulo Batista de Oliveira, destacou que as investigações comprovaram a falta de segurança e a ineficácia no impedimento da entrada de itens ilícitos no estabelecimento prisional, potencializada com a participação de um servidor do sistema penal.
Marcos ressaltou ainda que os presos, com o o facilitado de celulares e drogas, continuam praticando livremente os mesmos crimes que os levaram a prisão.