Câmeras flagram tiro de vereador em agente de segurança em Cuiabá 1v144b
Namorada de vítima diz que entrou na contramão para fazer xixi 2f10v
Câmeras do circuito de segurança mostram o momento em que o vereador de Cuiabá, o tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) atira e mata o agente de segurança do sistema socioeducativo, Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na rua Presidente Arthur Bernardes, Bairro Quilombo.

O crime ocorreu na noite dessa sexta-feira (1°), na rua Presidente Arthur Bernardes, Bairro Quilombo, em Cuiabá.
As imagens mostram o momento em que um veículo branco entra na contramão em alta velocidade. Conforme o vídeo, dois minutos depois, um carro preto para no meio da rua e o vereador desce do veículo com a arma na mão.
Ele atravessa a rua e conversa com pessoas que estavam em uma distribuidora de bebidas na esquina da rua e depois vai até o local onde estava Alexandre e a namorada dele.
De acordo com a assessoria de imprensa do vereador, ele estaria ando pelo local quando viu muitas pessoas aglomeradas e teria sido informado de que um homem estava ameaçando uma mulher. Ainda segundo a assessoria, o vereador chegou a dar voz de prisão, mas o agente socioeducativo teria reagido e atirado.
A namorada de Alexandre publicou um vídeo nas redes sociais dando a versão dela sobre os fatos. Ela diz que estava dirigindo e que entrou com o carro na rua Presidente Arthur Bernardes, na contramão, para usar o banheiro de uma empresa próxima.
Ela disse que desceu do carro rápido e algumas pessoas que estavam no local começaram a “xingá-la por ter entrado na contramão”. Com isso, ela ignorou os xingamentos e atravessou a rua para ir até o estabelecimento.
“Saí andando rápido para ir no banheiro na distribuidora e o ‘Japa’ tem mania de andar com a mão na cintura, mania de policial, tipo fazendo guarda atrás de mim e disse: ‘amor espera’. Depois disso eu só vi ele caindo no chão”.
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Segundo a namorada de Alexandre, ele não estava com a arma na mão e sim na cintura. “Era o celular. Nos vídeos dava para ver que a arma estava nele e tiraram. Ele estava com o celular. Porque estava o corpo, o celular e a carteira caídos no chão. Se ele tivesse com a arma na mão, como o vereador está falando, quando ele caiu, a arma estaria lá, mas estava na cintura, então ele caiu e colocou de novo na cintura? Depois ele estava falando que deu voz de prisão. Ele não deu porque eu vi”, disse ela.
A mulher informou que nunca havia sido ameaçado pelo companheiro e que eles se davam bem.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher se apesentou como namorada da vítima, porém não tinha condições de relatar o ocorrido, pois estava sob efeito de álcool e agitada.
Testemunhas informaram à polícia que a vítima trafegava com o veículo em alta velocidade e entrou na contramão. Em seguida, eles ouviram um barulho como se tivesse ocorrido um acidente de trânsito e viram a namorada e Alexandre discutindo no meio da rua.
Ainda segundo o boletim e ocorrência, as testemunhas disseram que viram a vítima com a arma na mão e ouviram o vereador dizer para Alexandre largar a arma. Neste momento, ouviram os disparos.
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