Briga por comando em aldeia de Amambai vira caso de polícia e acordo prevê nova eleição 3e183j

Há vários meses a aldeia sofre com uma disputa interna pela liderança, que resultou em um ataque a casa do atual capitão 6b4w5b

Nova eleição para definir a liderança da Aldeia Amambai, que no último mês se envolveu em confronto por terras em Mato Grosso do Sul, está marcada para o dia 31 de julho. O acordo para eleger um novo chefe foi definido logo depois que a casa do atual capitão da comunidade foi atacada por outros membros da comunidade, na madrugada dessa terça-feira, 11 de julho, conforme denúncia feita à Polícia Civil.

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Os indígenas devem definir uma nova liderança no dia 31 de julho (Foto: MPF)

Há vários meses a aldeia vive disputa interna pela liderança. Esse teria sido um dos motivos para o rompimento do acordo feito entre indígenas e donos da Fazenda Borda da Mata, que liberou o enterro de Vito Fernandes, filho do povo Guarani e Kaiowá morto a tiros na troca de tiros com a polícia no dia 24 de junho. Na data, outras treze pessoas ficaram feridas.

O combinado autorizava a entrada dos indígenas na propriedade apenas para o sepultamento de Vito nas terras consideradas ancestrais pela comunidade. Não foi o que aconteceu. Parte do grupo permaneceu acampado no local por não aceitar as ordens do atual chefe. Desde então, além da situação tensa com os fazendeiros, a própria comunidade vive em conflito. O resultado foi o ataque da madrugada de segunda-feira (11).

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O caso foi denunciado à Delegacia de Polícia Civil de Amambai e aconteceu de madrugada, por volta da 1 hora. Conforme o boletim de ocorrência, 45 pessoas destruíram a casa de João Gauto, o atual capitão da aldeia, e agrediram parentes do indígena que tentaram impedir a situação.

Conforme o registro policial, quatro familiares do capitão ficaram feridos. Os indígenas afirmam que o responsável pelo ataque estava armado, mas o mandante do crime foi outro integrante da comunidade. Os dois foram identificados e são investigados pela polícia.

Depois do episódio, representantes do MPF (Ministério Público Federal) de Ponta Porã, da DPU (Defensoria Pública da União) e da Funai (Fundação Nacional do Índio), foram até a região para solucionar o conflito dentro da comunidade indígena. Por isso, uma nova eleição para o principal cargo da aldeia foi definida.

Ficou acordado que a nova eleição para liderança será realizada em 31 de julho sob organização da unidade do MPF em Ponta Porã.

Qualquer indígena da comunidade poderá se candidatar e até 10 pessoas podem concorrer. Os nomes devem ser apresentados na sede da Funai em Amambai – cidade a 338 quilômetros de Campo Grande – até o dia 18 de julho. Poderão votar os membros da Comunidade Indígena Amambai e da Retomada Guapoy Mirim, local do conflito entre indígenas e policiais no dia 24 de junho, que tenham mais de 16 anos de idade.

Até lá, os indígenas se comprometeram ainda a “cessar qualquer ato de ameaça e violência entre si e no âmbito da Aldeia Amambai e da Retomada Guapoy Mirim até o dia da eleição”. Eles também garantiram aceitar a liderança eleita e conviver pacificamente com ela na busca pelo “bem comum de toda a comunidade”.

Além de representantes dos órgãos públicos, participaram da reunião o antropólogo indígena Tonico Benites, João Gauto e Ronaldo Ortiz, atuais capitão e vice-capitão da aldeia, além de outros indígenas da comunidade.

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