Brasil registra menor taxa de homicídios em 31 anos s2k5b

Em 2023, foram 45.742 mortes violentas; estudo alerta para homicídios ocultos e alta circulação de armas 1k5u6d

O Brasil registrou 45.742 mortes violentas em 2023, uma média de 125 homicídios por dia, segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Apesar do número alto, houve uma leve redução em relação a 2022, quando foram contabilizadas 46.409 mortes.

Segundo o MPMT, o réu tinha 30 anos de idade quando cometeu os crimes de estupro de vulnerável e aborto. (Foto: Reprodução)
O Atlas também trata dos chamados homicídios ocultos, que são casos violentos subnotificados ou classificados de forma incorreta nas bases oficiais(Foto: Reprodução)

O levantamento mostra que o país atingiu, em 2023, a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 31 anos: 21,2, contra 21,7 em 2022 — uma redução de 2,3%. O pico da violência foi registrado em 2017, com 65.602 homicídios e taxa de 31,8 por 100 mil habitantes.

Desde 2013, quando houve 57.396 mortes, o país apresenta uma redução acumulada de 20,3% nos homicídios. Comparando com o pico de 2017, a queda é de aproximadamente 30%.

Fatores que explicam a queda 19352z

Entre os fatores apontados no estudo para essa tendência de redução estão o envelhecimento da população, já que jovens são o grupo mais associado à violência, e mudanças na política de segurança pública, com maior uso de inteligência, planejamento e dados, substituindo gradualmente o modelo baseado apenas em policiamento ostensivo.

O relatório também menciona o fortalecimento de políticas sociais preventivas, especialmente voltadas para jovens em territórios vulneráveis, que têm contribuído para conter o avanço da violência.

Maiores e menores taxas por estado 402l4h

Vinte unidades da federação apresentaram taxas de homicídio acima da média nacional em 2023. Os maiores índices foram registrados no Amapá (57,4 por 100 mil habitantes), Bahia (43,9) e Pernambuco (38).

As menores taxas foram observadas em São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Distrito Federal (11). O estudo também destaca que, há pelo menos oito anos, 11 estados têm conseguido reduzir sistematicamente as taxas de homicídio: Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo.

Armas de fogo ainda predominam m32l

Em 2023, 32.749 homicídios foram cometidos com armas de fogo, o que representa 71,6% das mortes violentas no país. A taxa nacional ficou em 15,2 por 100 mil habitantes.

Amapá (48,3), Bahia (36,6) e Pernambuco (30,8) lideram o ranking de homicídios com armas de fogo. Por outro lado, São Paulo (3,4), Santa Catarina (4,4), Distrito Federal (5,3) e Minas Gerais (8,3) apresentaram os menores índices. O Atlas aponta falhas na fiscalização e reforça que o aumento na circulação de armas tende a elevar os índices de violência letal.

Homicídios ocultos 4j433j

O Atlas também trata dos chamados homicídios ocultos, que são casos violentos subnotificados ou classificados de forma incorreta nas bases oficiais. Entre 2013 e 2023, o estudo estima que 51.608 homicídios deixaram de ser contabilizados, o que equivale a uma média de 4.692 casos por ano.

Com a inclusão desses dados, a taxa estimada de homicídios em 2023 sobe para 23 por 100 mil habitantes — ainda assim, o menor patamar desde 2013. O pior ano da série segue sendo 2017, com taxa estimada de 33,6.

Um dos casos mais relevantes é o de São Paulo, que teria deixado de registrar 2.277 homicídios em 2023. Isso muda significativamente sua posição: a taxa registrada foi de 6,4 por 100 mil, mas a estimada é de 11,2, colocando o estado atrás de Santa Catarina, que a a ter o menor índice do país (9 por 100 mil habitantes).

Os dados do Atlas da Violência são produzidos com base em registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos do Ministério da Saúde, além das estimativas populacionais do IBGE. O estudo faz parte de uma série histórica iniciada em 2013, com análises estatísticas e metodologias comparativas entre os estados.

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