Bilhete da discórdia: operação prende sete pessoas 5e4622
Sete pessoas foram presas, na manhã desta terça-feira (30), suspeitas de associação criminosa e envolvimento em esquema que planejava executar policiais e um juiz de Mato Grosso do Sul. O plano foi descoberto no fim de maio, quando um motim na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, revelou um bilhete com ameaças e o o a o para fabricação de bombas.
Os artefatos, de acordo com o plano, seriam usados em atentados contra os servidores públicos. O bilhete escrito à mão foi encontrado com um dos detentos, Guilherme Azevedo dos Santos, de 29 anos.
O pedaço de papel estava escondido dentro da costura do short de Guilherme e detalhava um plano para “dar baixa” em policiais militares e civis e explica aos “afilhados” da facção, como fazer bombas caseiras para explodir batalhões e delegacias.
A descoberta deu início a uma grande investigação por parte do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que contou com participação de equipes da SIG (Seção de Investigações Gerais), da 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí.
As investigações resultaram nos mandados de prisão cumpridos na manhã desta terça, por meio da “Operação Akvas”, cumpridos em Campo Grande, Naviraí e Dourados.
A Operação também contou com apoio de Policiais Penais da Agepen-MS, que realizaram “pente-fino” nas principais Penitenciárias do Estado.
Os presos serão encaminhados à Gameleira, a Supermáxima de Campo Grande.
Sobre o plano 141m34
Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, titular do Dracco, investigações apontam que uma célula da facção criminosa, estabelecida na Região Cone Sul do Estado de Mato Grosso do Sul, estaria se organizando para realização de atentados contra servidores públicos, tendo como possíveis alvos um investigador de polícia, um policial penal e um juiz.

Os servidores seriam alvo da organização criminosa devido ao exercício de suas funções, por atuarem, de forma ativa, no enfrentamento à facção.
Os investigadores verificaram que alguns dos suspeitos atuavam, mesmo presos, de dentro dos estabelecimentos penais. Inclusive, boa parte das ordens estariam sendo dadas de dentro dos presídios, executadas por quem estava em liberdade.
Além do bilhete encontrado com o preso, uma carta com registro de ameaça a servidores do próprio Dracco também foi interceptada.
“Akvas” 535d2b
A Operação foi batizada como “Akvas”, expressão que remete ao termo “cavalaria” e demonstra a força do Estado quando se visa atentar contra um agente Público.