Áudio revela verdade e 2 são apreendidos pela morte de casal em Coxim 182f4m

As investigações sobre a morte de Ávio Rodrigues Máximo e Celeste Vedoja, de 84 e 77 anos, ganharam novos rumos depois que um áudio supostamente enviado pelos verdadeiros assassinos do casal chegou aos ouvidos de policiais militares de Coxim – cidade a 239 quilômetros de Campo Grande. Dois adolescentes foram identificados como os donos das vozes na conversa, acabaram apreendidos nesse domingo, 7 de agosto e confessaram todo o crime.

Ávio e Celeste foram assassinados a golpes de faca no sábado – dia 6 de agosto. Os corpos dos dois foram encontrados pela cuidadora deles. Um homem acabou preso pelo crime no mesmo dia: Antônio Evaristo de Macedo. Ele morava com os idosos, é usuário de drogas e foi apontado como autor dos assassinatos porque no dia anterior ao crime brigou com o idoso.

Antônio sempre negou os assassinatos, mesmo preso. No domingo chegou a ter a prisão preventiva decretada pelo juiz da cidade, diante da gravidade da situação, das provas que ele era o autor do duplo homicídio e da necessidade em “garantir a ordem pública”.

Enquanto o homem perdia a liberdade para a justiça brasileira, os policiais militares da cidade recebiam novas informações do crime.

Áudios de uma “conversa” entre adolescentes foram reados para as equipes policiais. Na gravação, os dois assumiam a autoria do assassinato de Ávio e Celeste.

Com fotos, nomes dos suspeitos e os áudios em mãos, os policiais começaram as buscas pela dupla na cidade.

A prisão 2r2854

O primeiro a ser encontrado foi o mais novo dos adolescentes, um rapaz de 15 anos. Ele logo confessou que ele e outro adolescente invadiram e mataram os dois idosos e não Antônio.

O rapaz detalhou que meses atrás conheceu uma pessoa que por algum tempo trabalhou com Celeste. Foi esse antigo funcionário que contou a ele que os dois idosos recebiam as aposentadorias sempre no fim do mês, retiravam tudo do banco e guardavam em casa. Ao saber disso, resolveu assaltar a residência pela primeira vez.

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Há cerca de dois meses ele entrou sozinha na casa, achou a carteira de Ávio e fugiu. Não teve sorte naquele dia, a carteira estava vazia e dois dias depois, ele jogou os documentos que havia furtado dentro do quintal do casal, por cima do muro. Na noite de sexta-feira, 5 de agosto, saiu de casa para curtir a noite com os amigos, encontrou um rapaz de 16 anos.

Depois de tomar várias bebidas alcoólicas com o amigo, o adolescente resolveu assaltar os idosos de novo. Convidou o amigo, que aceitou e saiu pelas ruas da cidade a pé, até chegarem ao endereço de Ávio e Celeste.

Os dois jovens encontraram Ávio dormindo em um sofá, na área externa da casa e foram direto ao local em que ele guardava a carteira. No meio da ação, no entanto, o idoso acordou. Na versão do adolescente, o homem se armou com uma faca e a partiu para cima dele. Com um cabo de vassoura o rapaz reagiu.

Ele contou em depoimento que acertou o idoso com a pedaço de madeira e com isso conseguiu arrancar a faca dele. Naquele momento, ele golpeou Ávio várias vezes. Depois disso, ouviram barulhos vindos do quarto e foram até ele. Encontraram Celeste, que também foi morta a facadas. O autor, segundo o jovem, foi o comparsa de 16 anos.

Dupla versão 2l1b3o

Depois de assumir o crime, o rapaz aceitou levar a polícia até a casa do comparsa. O adolescente de 16 anos estava no local e assim que recebeu os militares, assumiu o crime.

A versão contada por ele, no entanto, foi outra. Nas palavras do rapaz, o amigo usou uma barra de ferro que encontrou no quintal do casal para agredir as vítimas. Sem dizer nada, ou ter ocorrido qualquer tipo de reação, Ávio foi violentamente espancado e depois esfaqueado com uma faca encontrada pelo assassino em cima de uma mesa.

Ainda segundo o rapaz, ele tentou conter o amigo, mas em resposta ouviu para “não se meter”. Depois de matar o homem, o adolescente foi até o quarto e esfaqueou Celeste várias vezes. Na versão do rapaz mais velho, depois de matar a mulher, o suspeito ainda forçou o comparsa a fazer o mesmo. Por medo, alegou a polícia, pegou a faca e perfurou a vítima uma vez.

Com os dois moradores mortos, os adolescentes começaram a reviram a casa. Depois de olharem em todos os cômodos, encontraram apenas R$ 20 e revoltado com a falta de dinheiro, o jovem de 15 anos ainda pegou a bolsa de Celeste, crimes, sabonetes e perfumes. Os documentos das vítimas foram jogados no rio, mas o resto os militares ainda conseguiram recuperar.

Os potes de creme e os sabonetes estavam na casa do adolescente de 15 anos. As roupas que ele usou no dia do assassinato também foram recuperadas e ainda estavam sujas. Os policiais ainda encontraram a barra de ferro usada para agredir Ávio e um pedaço de caibro – madeira usada na estrutura de telhados – com manchas de sangue. Tudo foi apreendido e será submetido a perícia.

A equipe do Primeira Página tentou contato com a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Coxim para entender como está a situação de Antônio e se ele tem alguma participação no crime, mesmo com a confissão dos dois adolescentes, mas não conseguiu contato. Também não há informações de quando ele será solto se sua inocência for confirmada.