Grupo suspeito de lavar R$ 4 bilhões para "rei da fronteira" é alvo da Polícia Federal em MS, outros 5 estados e Paraguai 324r6h
"Cabeça Branca" foi preso em 2017, e agora pessoas ligadas a ele são investigads 52f3x
Com mandados em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, operações deflagradas pela Polícia Federal de Londrina (PR), na manhã desta quinta-feira (3), têm por objetivo desarticular organização criminosa suspeita de lavar pelo menos R$ 4 bilhões oriundos do tráfico de drogas.

Conforme o delegado Daniel Martarelli da Costa, uma das ações, a “Operação Sucessão”, é resultado da Operação Spectrum, que resultou na prisão do “rei da fronteira”, Luiz Carlos da Rocha, também conhecido como “Cabeça Branca”.
Nesta nova fase, familiares do narcotraficante, suspeitos de auxiliar na lavagem de dinheiro, são alvos de investigações. Empresas usadas para o serviço sujo também fazem parte de mandados de busca e apreensão.
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“Para se ter uma ideia do poder financeiro da organização, foi apurado que empresas direta ou indiretamente ligadas a um dos alvos, movimentava aproximadamente R$ 4 bilhões. Além disso, a empresa prestava serviço para diversas outras organizações do país”, revelou Martarelli.
Ainda segundo o delegado, investigações que resultaram na “Operação Fluxo de Capital” apontam que o controle das operações era feito a partir do Paraguai e, por isso, após compartilhamento de informações, mandados também são cumpridos no país vizinho.
Ao todo, são cumpridos 39 mandados de busca e apreensão no Brasil e 19 de prisões temporárias. Em MS, mandados são cumpridos em Campo Grande e Dourados. Já no MT, a ação está concentrada em Cuiabá.
Os outros mandados são cumpridos no Paraná, em São Paulo, Roraima e Santa Catarina. No Paraguai são sete mandados de busca e apreensão.
Resultado de operações após prisão do “rei da fronteira” 2s1642
Conforme a PF, foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações. O controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no Paraguai.
Também foram deferidos o sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias, a suspensão das atividades das empresas envolvidas e das licenças profissionais (CRC) dos Contadores investigados.

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Os nomes das operações fazem alusão, respectivamente, ao fato de os alvos serem familiares do traficante “Cabeça Branca” e à vultuosa quantia de dinheiro movimentada pela organização criminosa.
Delegado fala sobre operações deflagradas nesta quinta: