Após morte de Edilsio Morais, família pede fim de abusos em treinamentos do Exército 6s356l
A dor de perder o irmão de apenas 18 anos ainda lateja no peito de Taynara Venceslau Morais da Silva, mas a vontade de justiça pela morte precoce de Edilsio Morais da Silva Filho, de 18 anos, se transformou em força para falar. Por vídeo, a estudante de farmácia reproduziu o sentimento de toda a […] 1s6i1g
A dor de perder o irmão de apenas 18 anos ainda lateja no peito de Taynara Venceslau Morais da Silva, mas a vontade de justiça pela morte precoce de Edilsio Morais da Silva Filho, de 18 anos, se transformou em força para falar. Por vídeo, a estudante de farmácia reproduziu o sentimento de toda a família. “A única coisa que a gente quer, é que isso não aconteça mais”.

Edilsio morreu após ar mal durante treinamento no curso para oficiais temporários do Exército Brasileiro em Aquidauana – cidade a 141 quilômetros de Campo Grande. Eles estava apenas há três dias no 9º Batalhão de Engenharia de Combate e não tinha nenhum histórico de doença. Pelo contrário, havia ado por exames que comprovavam a “saúde perfeita” recentemente.
É justamente isso que intriga a família e traz a certeza de que a morte do rapaz foi consequência da rotina pesada, com privação de sono, pouca água, muita exposição no sol e exercícios físicos desgastantes.
Abalada, Taynara lembrou que na última vez que viu a irmão, na manhã de segunda-feira (14), ele estava “bem e saudável”. O aluno ou mal três dias depois, durante uma corrida de três quilômetros, chegou a ser internado, mas morreu poucas horas depois.
No atestado de obtido, a causa da morte listou rabdmiolise, hepatite fulminante, arritmia cardíaca, desidratação. Em palavras simples, os órgãos do futuro militar pararam e os músculos sofreram uma degradação que liberou uma proteína prejudicial no sangue, substância que ataca diretamente os rins.
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“A gente está totalmente abalada, desnorteada, sem imaginar como a gente vai continuar nossa vida sem meu irmão, sem meu bebezinho”, disse em meio ao choro. Ainda assim, Taynara reúne forças para pedir por justiça. “Queremos que investigação seja justa, que encontre justiça, que a gente consiga encontrar quem foi responsável, o que aconteceu”.
Para lidar com a perda, a família pede que a morte de Edilsio marque o fim dos abusos em treinamentos militares, frequentemente denunciados por alunos. “A única coisa que a gente quer, é que isso não aconteça mais também. Quantas mais pessoas vão ter que morrer, quantos jovens mais, quantos pais, quantos irmãos vão ter que perder seus familiares por conta de um treinamento. Não é justo sabe. A gente só quer justiça, para trazer conforto, para gente saber que a morte dele não foi em vão”.
A versão da família 334u4j
Mensagens enviados pelo aluno a mãe mostram que ao longo do pouco tempo que ficou no quartel, foi exposto a exercícios físicos intensos, muita exposição ao sol e poucas horas de sono. Por dois dias seguidos, Edilsio foi punido e foi forçado a ficar acordado até a madrugada para produzir redações de 50 linhas.
Em vídeo gravado pelo aluno, é possível ver a turma escrevendo no escuro, apenas com o auxílio das lanternas dos celulares. “A última mensagem do meu irmão para minha mãe foi pedindo ajuda para escrever a redação. E ela ajudou, até o último minuto ela ajudou”.
O que diz o Exército 3z3h2f
Uma apuração interna é realizada pelo Comando Militar do Oeste. Neste sábado (19), a assessoria de comunicação da instituição afirmou que está apurando os fatos e que também vai verificar um vídeo que mostra a vítima sendo carregada por dois colegas após ar mal.
Conforme a assessoria de imprensa, ainda não é possível confirmar que as imagens foram gravadas no quartel de Aquidauana. Detalhes do caso não foram divulgados, pois a apuração acontece em sigilo.
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