Advogado que usava nome de mortos para golpes no INSS é preso em MS 65k2
Daniel Nardon lesou milhares de pessoas e causou prejuízo de R$ 320 mil, segundo Polícia Civil 970
Equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) prendeu, na tarde desta quinta-feira (15), o advogado Daniel Fernando Nardon, suspeito de aplicar golpes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Rio Grande do Sul. A prisão aconteceu no município de Dourados.

De acordo com a Polícia Civil do estado gaúcho, Daniel supostamente enganava clientes e ficava com o dinheiro de ações movidas em nomes deles. Além disso, assinava procurações em nome de pessoas já mortas.
O profissional estava foragido da Justiça e teve o exercício da profissão suspenso pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). No dia 7 de maio, o escritório em que trabalhava foi alvo de operação.
A Polícia Civil chamou o esquema criminoso de “advocacia predatória”, estimando que milhares de pessoas possam ter sido lesadas pelo golpe, bem como deixado um prejuízo de até R$ 320 mil
Além de Daniel, outras 13 pessoas são suspeitas do crime de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, patrocínio infiel, uso de documento falso, fraude processual e apropriação indébita. Ao todos, os envolvidos possuem 45 inquéritos abertos.
“Conforme apurado, o investigado, na condição de advogado, ingressou com ações judiciais de revisão de contrato contra instituição bancária, juntando procuração supostamente firmada pelo autor em 23 de agosto de 2024, mais de dois meses após sua morte. A contradição foi detectada pelo juízo responsável e comunicada ao MP”, contou o delegado Vinícius Nahan, do Rio Grande do Sul.
Assim como esse caso, a polícia confirmou a existência de diversos outros processos com o mesmo padrão de atuação, todos ajuizados em Porto Alegre, e em nome da pessoa morta.
Prisão em MS 4p253v
Após ser detido no Mato Grosso do Sul, equipe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul está a caminho do estado para buscar o autor dos crimes. Além de Daniel, um amigo dele que estava dirigindo o automóvel durante a abordagem, também acabou preso. Entretanto, não foram divulgadas as causas da prisão.
À reportagem, o advogado disse que ele quem é a vítima, uma vez que “usaram meu nome para praticar o golpe. Jogaram para cima de mim a resposabilidade do golpe. Eu não fiquei com dinheiro de ninguém. Eu trabalho 27 anos, tenho 200 funcionários no escritório de forma correta. Não tenho nada a esconder de forma nenhuma. Completamente inocente”, finalizou.
O mandado foi emitido no dia 9 de abril deste ano, pelo TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.