Advogada de Três Lagoas presa pela PF é transferida para a capital 5k191e
Kassia Brianez é suspeita de participar de plano para resgatar chefes de facção. A investigação diz que ela fazia a interlocução entre presos 3464s
A advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, presa ontem em Três Lagoas, durante operação da Polícia Federal, foi transferida para Campo Grande, depois de ar por audiência de custódia. Ela foi levada para a ala dos advogados no Presídio Militar de Campo Grande, no complexo penal do bairro noroeste.
Segundo detalhes da apuração divulgados pelo portal g1, as investigações da PF indicam que Kassia está envolvida em plano para resgate de presos ligados à facção que age em todo o país. Conforme a apuração policial, ela ouvia detentos da facção na “ordem correta”, dentro dos presídios, para que as mensagens pudessem ser compreendidas e readas a Devanir de Lima Moreira, um dos chefes do grupo criminoso, que está foragido e é apontado como um dos principais responsáveis pela elaboração do plano de fuga dos detentos.

O trabalho investigativo da PF indicou que seriam beneficiados os seguintes presos: Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, Claudio Barbará da Silva, Reinaldo Teixeira dos Santos, Edmar dos Santos, Valdeci Alves dos Santos e Esdras Augusto do Nascimento Júnior.
Esdras e Edmar são personagens de outra investigação na mesma linha, a operação Courrier, a cargo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) de Mago Grosso do Sul, que implicou mais de uma dezena de advogados em esquema de apoio a facção, por meio do núcleo chamado “sintonia dos gravatas”.
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Quem são os presos b324u
Os seis condenados alvos da operação de agora da PF estão custodiados em penitenciárias federais e seriam os principais beneficiados do plano de resgate, além de serem os principais articuladores da execução da fuga. Segundo a Polícia Federal, eles transmitiam códigos para os advogados que os visitavam no parlatório, “em conversas desconexas e que não tratam exclusivamente de conteúdo jurídico para elaboração de teses e estratégias de defesa”
Kássia, de acordo com as informações levantadas, comunicou-se com Devanir pelo menos três vezes, por intermédio de um sobrinho. Em um desses encontros, ela pegou um telefone celular com chip boliviano e o reou para a advogada Patrícia Laiane da Conceição Sales, em Brasília, para que, segundo a PF, “fosse utilizado exclusivamente a fim de tratar desse plano criminoso”.
Patrícia também foi presa ontem, junto com mais duas advogadas. Saiba quem são eles:
Quem são as outras 3 presas: 33wj
Patrícia Laiane da Conceição Sales, advogada no DF
Segundo as investigações, Patrícia está envolvida no planejamento do resgate dos líderes da facção, com conversas cifradas realizadas nos parlatórios com os presos. Além disso, ela é suspeita de realizar presencialmente o levantamento de dados do entorno da Penitenciária Federal de Brasília por meio de registro de vídeo, para viabilizar o plano de fuga dos detidos.
Juliana de Araújo Mirandola, advogada em SP
Segundo a PF, Juliana é irmã da advogada Simone de Araújo Alonso Barbará e cunhada de Cláudio Barbará, integrante da facção criminosa. Ela foi cadastrada como advogada de Edmar dos Santos, conhecido como “Quirino”. Segundo a Justiça, Juliana já foi presa em outra operação e é suspeita de participar do plano de resgate dos presos.
Simone de Araújo Alonso Barbará
Simone é esposa e advogada do preso Cláudio Barbará Silva, o “Barbará”. Conforme a polícia, “Simone não apenas contribui com a organização criminosa por meio de transmissão de recados, mas atua também na alocação de recursos financeiros da organização criminosa (orcrim)”.
A reportagem tentou localizar a defesa da advogada sul-mato-grossense, ainda sem êxito. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha o caso.