Adolescente de 17 anos é executado por facção em MS; crime foi filmado v1h2y

Um jovem de 17 anos foi brutalmente assassinato nesse fim de semana em Deodapólis – cidade a 249 quilômetros de Campo Grande. Todo o crime foi filmado pelos próprios autores; cinco homens, dois deles integrantes de uma facção criminosa, que acabaram presos horas depois. A motivação teria sido uma mentira inventada por um dos suspeitos.

O assassinato aconteceu na última hora de sábado, dia 13 de janeiro, mas começou horas antes, com uma conversa entre a vítima, identificada como Bruno Avalos e um dos suspeitos.

Conforme apurado pela reportagem do Primeira Página, o homem, identificado como Fabiano, de 35 anos, estava em um bar e ouviu o adolescente falar da filha de 14 anos. Ele chegou a tirar satisfação com o rapaz, que reforçou achar a menina bonita, mas a história não terminou ali.

Assim que saiu do local, Fabiano procurou o filho, Rafael, e inventou que o adolescente havia abusado da irmã dele. Juntos os dois decidiram procurar um terceiro membro da família, Ryan, conhecido como Bibi; sobrinho de Fabiano.

A história foi repetida para o primo da adolescente, que segundo a polícia, tinha ligação com integrantes de uma facção paulista, que atua dentro e fora dos presídios e se espalha cada dia mais pelo interior de Mato Grosso do Sul.

Sob a alegação de que o adolescente era um estuprador; pai, filho e sobrinho decidiram se vingar e chamaram dois integrantes do grupo criminoso para ajudar; João Pedro e Erik, conhecido como Paulista.

Para conseguir atrair o adolescente, os cinco homens primeiro sequestraram o tio dele e com ameaças de morte, fizeram ele chamar o sobrinho para fora de casa. Quando saiu, Bruno foi capturado pelos suspeitos.

Ele e o tio foram levados para uma área afastada da cidade; na estrada 10, Linha Poente. Ali o rapaz foi “condenado” a morte pelos suspeitos.

Bibi ligou a câmera do celular e começou a filmar a execução. Rafael e João Pedro seguraram o a vítima e Paulista começou a cortar seu pescoço. As imagens mostram a violência do crime; sem conseguir cortar a garganta do adolescente, o suspeito golpeou a região várias vezes. Fabiano também ajudou nos golpes.

As imagens do assassinato foram compartilhadas pelos suspeitos em vários grupos no WhatsApp, alguns de integrantes da facção em São Paulo.

Mesmo depois do “tribunal do crime”, o tio da vítima permaneceu sob poder dos criminosos. Fabiano o levou até o bar e o forçou a pagar cervejas para ele enquanto reforçava ameaças de morte a ele e a toda a família caso procurasse a polícia.

Mas durante a madrugada, já por volta das 2 horas de domingo, o tio da vítima conseguiu fugir e foi direto a Polícia Militar.

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Depois de ouvir a história contada pelo tio, os policiais foram até o local em que tudo teria acontecido. Lá encontraram o corpo de Bruno.

Começou então uma força-tarefa entre Polícia Militar e Polícia Civil para prender os cinco suspeitos.

O primeiro a ser encontrado foi o Fabiano. Pouco depois Rafael foi preso. Enquanto isso, os policiais receberam informações de que Bibi estava escondido em uma área de mata. Após horas de buscas, conseguiram achar ele e o quarto envolvido, João Pedro.

Paulista, o responsável por cortar o pescoço da vítima, foi encontrado na rodoviária da cidade, enquanto tentava fugir de volta a São Paulo.

Presos, os cinco confessaram o crime. Paulista sequer demonstrou arrependimento. Agora, os suspeitos devem ar por audiência de custódia.