Capivara Criminal 5g3p65

A pistola e o ditado: pau que atira em Chico, não atira em Francisco? 6a6z3o

Arma usada por ex-chefe da Polícia Civil de MS para atirar em pneus após intriga no trânsito era de homem que foi condenado em Amambai por porte ilegal 46w5j

A Capivara Criminal deste domingo (30 de julho) começa de jeito inusual. A personagem que dá início ao relato jornalístico não é uma pessoa ou um fato, é um objeto inanimado, uma pistola calibre 9mm.

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Pistola Glock G17 fotografada no dia da apreensão em Amambai, em 26 de maio de 2020. (Foto: Reprodução de processo)

Marrom, da marca austríaca Glock, a arma tem história. Em 2020, perto da meia-noite de 26 de maio, levou à prisão um homem em Amambai, sob suspeita de disparar a esmo no meio da rua na cidade de 40 mil habitantes, na região fronteiriça ao Paraguai. É um pedaço sul-mato-grossense onde a violência é sombra cotidiana, derivada da disputa pelo controle do crime organizado.

ados quase dois anos, em 16 de fevereiro de 2022, a mesma pistola foi utilizada no polêmico episódio protagonizado pelo então delegado-geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo, quando ele perseguiu uma motorista e parou o carro dela a tiros, em plena avenida Mato Grosso, uma das mais movimentadas de Campo Grande, a capital do estado.

Comparadas, as consequências policiais e jurídicas para o ex-dono da pistola e para Adriano Garcia Geraldo justificam a paráfrase do título da coluna: pau que dá em Chico, dá em Francisco…

Vamos à explicação: 75e5m

Em 28 de maio de 2020, o funileiro Christian Fisher Zagonel, 39 anos, foi denunciado à Polícia Militar como o autor de disparos de arma de fogo na área central, feitos de dentro de um veículo New Beetle. Localizado, o motorista teve o carro vistoriado, e a Glock e 14 munições intactas foram apreendidas porque estavam dentro do automóvel.

Não foram achadas cápsulas deflagradas e Christian negou ter atirado na rua, por isso acabou enquadrado em porte ilegal de arma. Confessou não ter qualque documento para porte e posse do armamento, pelo qual disse ter pago R$ 2 mil, no Paraná, como parte de um “rolo” com um veículo.

Ficou preso, sendo liberado depois pelo juiz, para responder ao processo em liberdade. Acabou condenado a dois anos de reclusão. A sentença já transitou em julgado.

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A pistola junto com as munições apreendidas. (Foto: Reprodução de processo)

Enquanto a ação penal andava, a Justiça autorizou a entrega da pistola para uso da Polícia Civil e o destinatário foi justamente o então chefe da corporação, Adriano Garcia Geraldo. Convém assinalar a legalidade desse expediente para dar destino a materiais tirados de criminosos – como veículos, munições, armas – e equipar as forças públicas de segurança.

O interesse nessa arma em específico tem explicação: a pistola Glock 9mm, do modelo G17, é raridade nas corporações policiais sul-mato-grossenses. Só neste ano esse tipo de ferramenta de trabalho, considerada mais eficiente, começou a ser distribuída aos policiais de Mato Grosso do Sul, primeiramente pelos grupos de elite.

Autorizado judicialmente, Adriano Garcia Geraldo assinou o termo de acautelamento da pistola em 23 de fevereiro de 2021, ando a ter direito de usá-la.

Episódio polêmico 1z4f4j

Pouco menos de um ano depois, foi dessa pistola que saíram os três tiros que interceptaram o veículo dirigido por Iasmin Teruya Oshiro, de 25 anos, durante confusão no trânsito ainda sem uma conclusão investigatória.

Eram quase seis da tarde, quando o delegado de classe especial, o topo da carreira, levou uma fechada no trânsito do veículo guiado por Iasmim, segundo sua versão. Ele buzinou, ela respondeu com um gesto obsceno.

Iniciou-se uma perseguição, encerrada algumas quadras depois, com três pneus do Kwid vermelho de Iasmin murchados por tiros calibre 9mm.

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Capsulas deflagradas encontradas depois da confusão de trânsito envolvendo o ex-delegado geral. (Foto: Reprodução de processo)

Apesar dos pneus danificados, ela ainda continuou trafegando, até parar no estacionamento de uma escola de inglês, na avenida Mato Grosso. A via, nesse horário, é altamente movimentada por ser caminho para o Parque dos Poderes e bairros da região norte da cidade.

A partir daí, a Polícia Militar já havia sido acionada, pelos dois motoristas. No número 190, cada um contou sua história. Adriano falou 3 minutos. Iasmim ficou na ligação por 10 minutos.

A jovem demorou quase meia hora para sair do carro, transtornada, mesmo depois da chegada de policiais militares.

Só deixou o Kwid quando uma amiga foi ao local.

Ainda neste texto você vai ver o teor da conversa dela e do delegado com a equipe da Polícia Militar nos momentos tensos da situação.

Iasmim foi para a delegacia de Polícia Civil como suspeita de cometer crimes de direção perigosa, perigo à vida de outrem e desobediência. Por pouco não ficou presa.

Nos bastidores, circulou a versão de uma intenção de enquadrá-la em tentativa de homicídio, que não prosperou.

Adriano, conforme depoimento de uma amiga de Iasmim, chegou a falar para ela a frase “você tentou me matar”, logo após o ocorrido.

Adriano Garcia Geraldo consta como vítima no primeiro registro policial do dia 16 de fevereiro de 2022.

Ficou com a arma 2m6h28

Diferentemente da situação de Amambai com a Glock G17, não houve apreensão da arma usada pela autoridade policial no embate de trânsito. A pistola continuou com Adriano Garcia Geraldo e só agora, 17 meses depois, vai ser periciada, como forma de confirmar, tecnicamente, que os disparos feitos contra o carro de Iasmim saíram dela.

O exame científico está sendo feito por solicitação da promotora Cristiane do Amaral, a quem vai caber a decisão de acatar ou não a conclusão do inquérito da Corregedoria da Polícia Civil para apurar a situação envolvendo o ex-delegado-geral.

Garcia Geraldo caiu da chefia da Polícia Civil dias depois desse episódio. Foi lotado no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), onde permanece, na função de diretor de Interior.

Inquérito mudou de unidade 2n39d

Embora tenha sido instaurado na 3ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Carandá Boque, responsável pela região dos fatos, a peça investigatória foi avocada pela Corregedoria da Polícia Civil em abril do ano ado, quando o delegado titular do caso, Wilton Vilas Boas, ou a trabalhar na instância onde correm as apurações envolvendo integrantes da polícia judiciária.

Para justificar a ida dos autos junto com o delegado, foi usada a necessidade de evitar a descontinuação do trabalho. Quando Vilas Boas tirou férias, no começo deste ano, porém, os autos ficaram parados.

Apenas em maio de 2023, houve a conclusão da Corregedoria. A documentação enviada ao Judiciário diz que Adriano Garcia Geraldo agiu dentro da lei, para proteger a coletividade e evitar algo mais grave diante do comportamento “anormal” da motorista no trânsito, de invadir a faixa contrária, “fechando” o veículo onde estava o policial e autoridade máxima da corporação à época.

Iasmim, conforme o resultado, cometeu os crimes de desobediência a ordem de funcionário público e direção perigosa.

Entenda os crimes: b491c

  • Art. 331 do Código Penal:
    Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
    Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
  • Art. 311 do Código Brasileiro de Trânsito:
    Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de ageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano
    Pena – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Leia mais n1u6n

  1. Corregedoria inocenta ex-delegado-geral da Polícia Civil e culpa motorista i1f47

A filosofia do dedo do meio 3m222o

Destaca-se no relatório de investigação da Corregedoria o espaço gasto para atribuir gravidade, e característica de crime, à resposta de Iasmim à buzinada do delegado depois da alegada fechada no trânsito.

Cinco pensadores, das áreas de filosofia, sociologia e antropologia, são citados, para a análise da simbologia do gesto de mostrar o dedo do meio, feito pela motorista.

“De acordo com o antropólogo Desmond Morris, o dedo médio é o pênis, e os dedos recolhidos são os textículos. Ao fazer o movimento, você está oferecendo um gesto fálico a alguém. É um dos gestos de insulto mais conhecidos”, cita o texto assinado por Wilton Vilas Boas.

Vai além o material, ao abordar a origem do gesto, que estaria em uma peça do poeta grego Aristótanes, do ano 423 antes de Cristo. Em mais de 25 anos de jornalismo, essa colunista não se recorda de ver tantas citações fora do Direito em um inquérito policial.

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Trecho do relatório da Corregedoria explicando a simbologia do gesto feito pela motorista. (Foto: Reprodução de processo)

Todo o esforço desemboca na tese de que Iasmim teria, além todos os crimes elencados, cometido ainda o de injúria contra o delegado. Essa tipificação só foi descartada por “decadência”, em resumo, não pode ser adotada pois a própria vítima, Adriano, não prestou queixa nesse sentido.

E as imagens do carro da motorista? 4n1a1y

É recheado de polêmica esse caso. No dia, a própria Iasmin insistiu no fato de ter uma câmera instalada em seu veículo, que teria filmado tudo. No diálogo com o Ciops (que você verá ao fim do texto), ela fala várias vezes da filmagem.

Essas imagens nunca vieram à tona. Durante os depoimentos dos policiais militares presentes no lugar, um deles afirmou ter visto a jovem colocar o chip da câmera na boca, supostamente para danificar. Outros dois negaram ter visto essa imagem. No relatório da Corregedoria, esse argumento é usado, com base apenas na informação do policial que a firma ter visto esse comportamento, sem observar a negativa dos outros.

A defesa de Iasmin, representada pelo advogado Everton Belinatti, garante que o cartão de memória foi entregue intacto na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Centro, primeiro lugar de registro policial do acontecido.

No laudo pericial anexado aos autos, a foto do cartão no dia da entrega não demonstra defeito no cartão. A imagem do documento vindo da perícia, por sua vez, traz uma fissura, circulada por uma linha vermelha. Por esse motivo, o Instituto de Perícias alegou não ter conseguido fazer a extração das imagens.

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Imagens do cartão da câmera veicular em momentos diferentes. (Foto: Reprodução de processo)

Outra tentativa 3m2r6f

O cartão e câmera do carro de Iasmin foram requisitados pelo Gacep (Grupo de Atuação Especial e Controle Externo da Atividade Policial), no qual foi aberta uma apuração sobre o assunto. O Gacep pediu apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para usar equipamentos mais avançados e tentar recuperar as imagens.

Não há retorno sobre isso. A Polícia Civil informou, ao enviar o inquérito para o Judiciário, que pediu resposta sobre o resultado da tentativa do Gacep, sem resposta.

A Capivara Criminal perguntou ao Gacep, por meio da assessoria de imprensa, qual era o andamento das apurações, e não obteve retorno.

Ainda sem conclusão, o inquérito está aguardando a perícia na pistola Glock usada por Adriano Garcia Geraldo, conforme solicitou a promotoria no dia 3 de julho. Só depois desse retorno, vai haver uma decisão. O MPMS pode acatar o entendimento da Corregedoria, culpabilizando Iasmin, pode apenas arquivar o inquérito; ou ainda pode enxergar de uma terceira forma, vendo responsabilização do delegado por disparo de arma de fogo e abuso de poder.

O que diz Adriano Garcia Geraldo 5p1i1e

Procurado para falar da necessidade de entrega da arma para a perícia, Adriano Garcia Geraldo disse se tratar de uma diligência complementar apenas.

“As provas materiais são claras acerca da minha ação legítima e a perícia faltante pode ser necessária se considerado o princípio da verdade formal, ou seja, confirmar aquilo que eu já disse. No caso, se eu tivesse negado ter disparado, poderia ser relevante, porém, creio que a perícia irá confirmar o que eu disse”, afirmou.

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Detalhe de câmera de vigilância mostra Adriano ao telefone, do lado do carro de Iasmim. (Foto: Reprodução de processo)

Confira baixo o teor das ligações de Iasmim e Adriano para o Ciops:

Ligação de Iasmin Teruya Oshiro:Duração: 10m30s 4t3y2t

Atendente: senhora emergência
Iasmim: Oi, tem um maluco me seguindo atirou nos meus pneus, não sei o que fazer moço.
Atendente: Como que é senhora?
Iasmim: Eu não sei se ele é polícia, ininteligivel.
Atendente: Senhora, ele atirou no veículo da senhora?
Iasmim: Atirou.
Atendente: O que que aconteceu aí senhora?
Iasmim: ele tá me seguindo, ininteligivel, tá me perseguindo.
Atendente: A senhora está aonde?
Iasmim: Ininteligível. Eu não me importo se ele é policial ou não, ele não tem esse direito
Atendente:  Na Mato Grosso na altura da Wizard.
Iasmim: ininteligível, minha camêra pegou tudo, acho que ele não contava que eu tivesse uma câmera.
Iasmim: Eu vou entrar na Wizard na Mato grosso, sabe onde é?
Atendente: Estou procurando aqui.
Iasmim: Fica na Mato Grosso do lado da padaria Dico, eu vou entrar aqui.
Atendente: Dico eu sei onde é eu estou registrando aqui qual o seu nome:
Iasmim: Iasmin, ininteligível, Oshiro.
Atendente: Não entendi o nome.
Iasmim: Iasmim Teruya Oshiro
Iasmim: E se ele for policial, que tipo de policial vocês estão contratando?Atendente: Então senhora, tem que ver que polícia que ele é.
Iasmim: Não faço idéia, ininteligível.
Atendente: Me conta o que aconteceu ai senhora, explica pra mim.
Iasmin: ininteligível, os meus pneus estão tudo furado.
Atendente: Que carro ele estava ?
Iasmin: Eu não sei, minha câmera pegou tudo, parece um Honda Civic ininteligível.
Atendente: que carro que era, senhora?
Iasmin: ininteligível, branco.
Atendente: Explica pra mim como era o carro.
Iasmin: Minha câmera pegou tudo.
Atendente: Como? Senhora. Oi senhora, que carro ele estava, Honda Civic?
Iasmim: Oi.
Atendente: o carro que ele estava era um Chevrolet?
Iasmim: Tá batendo aqui.
Atendente: A senhora está dentro da Wizard né senhora?
Iasmin: Sim, dentro da Wizard.
Atendente: Ao lado da padaria Dico, só um minuto viu.
Iasmim: Aham.
Iasmim: Eu não sei se ele é policial, mais isso é jeito de ser policial, ir atirando, porque o sinal que eu fiz para ele.
Atendente: Certo, só um minuto.
Iasmin: Atirou em todos meus pneus moço, ininteligível, e ele está apontando a arma na minha cara.
Atendente: ele tá aí senhora?
Iasmim: Tá bem na minha frente ele fica me cercando o tempo todo, ele tá querendo quebrar o vidro do meu carro pra me tirar daqui.
Atendente: Só um minuto senhora, aguarda a viatura.
Iasmin:  Eu não sei se ele é policial, e não estou nem aí se e policial, detetive o que seja
Atendente: A senhora está no estacionamento, né.
Iasmin: Estou.
Atendente: Certo, só aguardar, senhora só aguardar viu, fica na linha
Iasmin: Tá querendo quebrar o vidro do meu carro, e se ele quebrar eu vou processar ele, eu tenho uma câmera no meu carro, se eu estiver errada. Ininteligível.
Atendente: A senhora está sozinha?
Atendente: Viu senhora, a senhora está em um Civic vermelho, é isso?
Iasmin: Não, em um Kwid vermelho.
Atendente: ah, sim em um Kwid vermelho, e ele está em que carro?
Iasmin: É um Honda, não, é um Chevrolet, eu não sei identificar o carro.
Atendente: é preto o carro?
Iasmin: Não, é branco, é branco e tem um, ininteligível, luz de veículo de polícia.
Atendente: Tem giroflex?
Iasmim: Eu não sei…
Atendente: Certo
Iasmin: Eu tenho câmera que está gravando tudo, eu não sei o que ele está contando pra dois policiais que chegaram aqui, mais eu tenho câmera, tá.
Atendente: Tá
Iasmim: Ah vai tomar no seu ***
Atendente: Pode ficar na linha senhora.
Iasmim: ininteligível, não está nem fardado, não está nada, estão falando que eu estou presa, pelo que, que eu não fiz nada?
Atendente: Só aguardar viu senhora, fica na linha aí.
Iasmim: Tem quatro PMs aqui, tudo porque o cara ligou pra PM, não sei que conexão que esse cara tem com eles.
Atendente: Viu deixa eu te perguntar, a Polícia Militar está no local?
Iasmim: Está. E eles estão tudo querendo me prender.
Atendente: A senhora pode conversar com eles aí.
Iasmin: Não, eu não quero não, esse maluco com arma aí, gente doida não tinha que estar na polícia não.
Atendente: Pode falar com a Polícia Militar, eles estão aí para atender a senhora, foi eu que acionei a ocorrência pra senhora.
Iasmim: Eu não sei, mas chegou assim tão rápido registrou a ocorrência com o cabo Alexandre?
Atendente: Já está registrado aqui, só falar com eles aí tá bom, fala com os policiais aí, vou ter que finalizar aqui, tá bom?

Ligação de  Adriano Garcia Geraldo para o CiopsDuração: 3min 04s 692747

Adriano: Alô
Atendente: Polícia Militar senhor, pois não.
Adriano: Com quem eu falo, é boa noite aqui delegado Adriano, delegado-geral da Polícia Civil.
Atendente: pois não, senhor.
Adriano: Eu precisava de um apoio uniforme dobrado, eu já furei três pneus de um carro, é eu estou em um cruzamento agora, entrando na Mato Grosso, da Furnas com a Mato Grosso, estou em um Cruze oficial e uma pessoa aqui desiquilibrada tá com carro trancado, jogou o carro pra cima da viatura, jogou o carro em cima de mim, só preciso do apoio para abordar. Não sei se o carro é roubado, não sei se a mulher tem problema mental não sei se tem habilitação.
Atendente: Qual que é o nome do senhor?
Adriano: Adriano Garcia Geraldo, delegado-geral da Policia Civil.
Atendente: Tá só um momento doutor. Adriano, eu acho que ela está na linha com outra pessoa aqui.
Adriano: Tô agora aqui com viatura ofical tá, ela está com três pneus furados descendo a Mato Grosso.
Atendente: Sim senhor, na Mato Grosso aonde exatamente?
Adriano: Sentido Via Park, ela vai entrar à esquerda agora sentido Cophafé tá, eu vou tentar interceptar, ela já tem três pneus furados.
Atendente: Tudo bem então, já está sendo reado aqui já.
Adriano: Vê o que vc tem aí e vai falando comigo, vê quem está mais próximo, tá.
Atendente: Senhor,não sou eu que estou no rádio, tenho que ar para o setor lá, só um momento não sou eu que estou no rádio.
Adriano: Vê o que vc poder fazer, tá ok.
Adriano: pessoal lá.
Atendente: Descendo a Furnas aonde, eu vou ar pro..
Adriano: Estou entrando no Cophafé agora, ela está andando sem rumo, eu já tentei, mais não quis quebrar o vidro do carro, tá com três pneus furados tá, eu vou tentar de novo fechar a tragetória, ela vai acabar amassando essa viatura, três pneus…
Atendente: Tá, só um momento eu vou avisar ali no rádio. só um momento.
Adriano: Tá ok, tá.
Adriano: ininteligível. Eu vou filmar.

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Capivara Criminal, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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