5 presos na Successione prestam depoimento no Gaeco em Campo Grande 6b544l
Os outros dois presos na operação contra o jogo do bicho vão ser ouvidos só na próxima semana 146vy
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) começou nesta quinta-feira a ouvir os depoimentos dos presos na operação “Successione”, deflagrada na terça-feira (5 de dezembro), contra grupo suspeito de usar violência para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. Dez mandados de prisão foram expedidos pela Justiça, e sete alvos foram localizados e presos temporariamente.
Confira movimentação no local no vídeo abaixo:
Três dos envolvidos seguem desaparecidos. Para o Gaeco, o esquema tem o deputado estadual Neno Razuk (PP) como chefe. Neno foi alvo de busca e apreensão e teve pedido de prisão solicitado, porém não acatado pelo Judiciário. O parlamentar nega envolvimento com jogos de azar.
Nesta quinta-feira (7), cinco presos que estão custodiados no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) foram levados para a sede do Gaeco, no Parque dos Poderes, para as oitivas.
Saiba quem são: 6d6n1g
- Julio César Ferreira dos Santos: filho do policial militar da reserva Gilberto Luiz dos Santos, que também foi preso. Estava em imóvel do bairro Monte Castelo, em Campo Grande, onde foram apreendidas as 700 máquinas no dia 16 de outubro.
- Mateus Junior Aquino: segundo a investigação do Gaeco, foi usado por Gilberto Luiz dos Santos para ameaçar uma das vítimas de roubos de dinheiro supostamente vindo da jogatina.
- Taygor Ivan Moreto Pelissaro: estudante de Medicina em Ponta Porã que estava no QG e foi pego em Ponta com arma dois dias depois, na cidade fronteiriça ao Paraguai.
- Valmir Queiroz Martinelli: considerado o responsável pela aquisição de maquinário para registro de apostas, entre outros órios necessários ao funcionamento do jogo do bicho. Estava na casa onde foram apreendidas 700 dispositivos usados na atividade ilegal.
- Diego Sousa Nunes: assessor parlamentar de Neno Razuk, que também foi flagrado no QG do jogo do bicho.
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No local, a reportagem do Primeira Página registrou a movimentação, primeiro com uma camionete branca deixando o prédio e depois duas viaturas do Garras saindo. Pelo que foi levantado, os detidos foram levados para o depoimento logo cedo.
Embora fossem cinco pessoas, por volta das 10h30, todos já haviam sido ouvidos.
Os outros dois presos devem prestar depoimento só na semana que vem, pois a sexta-feira (8 de dezembro) é feriado no Poder Judiciário.
Falta o Gaeco tomar o depoimento de Manoel José Ribeiro, o “Manelão”, sargento reformado da Polícia Militar, assessor parlamentar de Neno Razuk, e Gilberto Luiz dos Santos, major reformado da PM, conhecido como G.Santos, “Coronel” ou “Barba, também nomeado no gabinete do deputado Razuk.
Conforme a apuração do Primeira Página, ambos estavam no QG do jogo no bairro Monte Castelo no dia 16 de outubro. “Manelão” foi reconhecido pelas vítimas como executor de dois dos três roubos apurados pela “Successione”.
O major G.Santos, de acordo com os levantamentos do Gaeco, visitou a casa do deputado estadual em um dos carros usados nos roubos sob apuração. Durante a investigação do Gaeco, foi flagrado dirigindo o mesmo veículo.
Como são de origem militar, os dois estão custodiados no Presídio Militar no Jardim Noroeste.
Nenhum advogado foi localizado pela reportagem no Gaeco, durante os depoimentos esta manhã.
Ainda não foi cumprido o mandado de prisão de José Eduardo Abdulahad, conhecido como “Zeizo”, empresário de Ponta Porã. “Zeizo” já esteve envolvido em operações contra jogatina “Xeque-Mate” (da Polícia Federal) e “Gato Preto”, do Gaeco. Ele também estava no imóvel onde foram apreendidas 700 máquinas usadas para registros de apostas..
Os outros foragidos são Tiano Waldenor de Moraes – flagrado no QG do jogo do bicho e identificado em filmagens feitas por câmeras de segurança como o executor de um dos assaltos em investigação – e Luiz Paulo Bernardes Braga, outro que estava na casa onde foram apreendidas as máquinas. A suspeita é de que esteja morto. A participação no esquema não foi esclarecida.
