2ª pessoa pode ser indiciada por acidente com Porsche que matou motoentregador o3w2n

Uma segunda pessoa pode ser indiciada por omissão de socorro pela morte do motoentregador Hudson Oliveira Ferreira, de 39 anos. De acordo com a delegada Priscilla Anuda, titular da 3ª delegacia de Polícia de Campo Grande, ela estaria no banco do carona do Porsche no momento do acidente.

Por enquanto, o empresário que dirigia o Porsche, Arthur Torres Rodrigues Navarro, 33 anos, é o único indiciado pelo acidente que resultou na morte de Hudson. Ele vai responder o processo por homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro em liberdade.

“Conforme a gente apurou, conseguimos levantar todas as imagens de segurança, inclusive do cronológico da atitude dele, do fato, ele atropelou, ele seguiu, depois ele foi para casa dele, que é nas imediações. Ele entrou, ele estava acompanhado de uma pessoa no banco do carona. Essa pessoa saiu do veículo antes dele entrar na garagem. Essa pessoa retornou para o local que os dois estavam anteriormente. Nós vamos analisar a possibilidade também dessa pessoa ser indiciada também pelo crime de omissão de socorro, porque nesse momento, poderia ter retornado no local e ter auxiliado, prestado socorro à vítima”, afirma.

Priscilla Anuda, delegada de polícia

Outro detalhe mencionado pela delegada é que o carro chegou a ficar um tempo em outra residência e, caso seja comprovado que foi para esconder o veículo, a proprietária da residência pode ser indiciada também.

“Posteriormente, esse veículo foi tirado dessa garagem e foi levado para outro local. Esse outro local que o veículo permaneceu, essa pessoa que auxiliou, que prestou auxílio para esconder esse veículo ou para guardar esse veículo, a gente vai verificar em que circunstância que foi. Nesse outro local, ela também poderá ser responsabilizada por um favorecimento a esse autor”, ressalta.

Carro está avaliado em mais de R$ 1 milhão 4b3n6s

Segundo a reportagem levantou, o carro de luxo, da série Cayenne, está no nome do pai de Arthur, Josém Navarro Rodrigues, e tem placas de Belo Horizonte (MG), e custa mais de R$ 1 milhão.

A família tem negócios em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Pará e Acre. Em Campo Grande, é proprietário de um bar.

O motorista se apresentou nesta sexta-feira (5) à 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, no Carandá Bosque, exatos 15 dias depois do acidente fatal.

Em nota à imprensa, a defesa diz que só agora, o cliente ficou sabendo que havia matado uma pessoa.

“Inicialmente, gostaria de expressar nossas condolências aos familiares. Embora meu cliente, estivesse convicto, até então, de que teria conseguido evitar o acidente, após ser surpreendido com a conversão proibida que interrompeu sua trajetória, tão logo tomou conhecimento da fatalidade, se apresentou, entregou o veículo e está integralmente à disposição da justiça.”Nicolla Scaffa, advogado de Arthur Navarro

O acidente aconteceu no dia 22 de março. No dia, o carro da marca Porsche, em aparente alta velocidade, atropelou a moto em que estava Hudson de Oliveira Ferreira, de 39 anos.

Circuito de câmeras de um trecho onde ocorreu a colisão lateral filmou a cena. Desde então, a família da vítima cobrava a identificação e responsabilização do motorista.