Professora com câncer de mama fala sobre autocuidado: "Processo de cura" 5tp1r
Alexandra Nazario é professora da rede municipal de Campo Grande e descobriu este ano um câncer de mama do tipo triplo negativo, um dos mais agressivos, pois as células cancerígenas crescem e se multiplicam de forma rápida. Por esse motivo, o início do tratamento tem indicação imediata após o diagnóstico. No mês da campanha de […] 4d4r69
Alexandra Nazario é professora da rede municipal de Campo Grande e descobriu este ano um câncer de mama do tipo triplo negativo, um dos mais agressivos, pois as células cancerígenas crescem e se multiplicam de forma rápida. Por esse motivo, o início do tratamento tem indicação imediata após o diagnóstico. No mês da campanha de prevenção e combate ao câncer de mama, Outubro Rosa, a mãe do pequeno Thierri, 4 anos, deseja ser um exemplo de superação e inspiração para outras mulheres que estão no mesmo processo.
Em vídeos e fotos postados nas redes sociais, ela mostra os processos do tratamento: da quimioterapia ao autocuidado, ando pela busca de informações nas fontes corretas, o que se a na vida da professora está à disposição de quem está em busca de acalanto e incentivo nesse momento da procura pela cura.

A descoberta 5v4r
Assim como muitas mulheres, Alexandra deixou de fazer seus exames de rotina por conta da pandemia da covid-19: “Eu tinha muito receio de sair de casa, principalmente para ir em hospital, laboratório, consultório. E aí acabei não fazendo meus exames em 2020”, explica. Ela também conta que o autoexame mamário também nunca foi um cuidado. “Hoje, eu sei da importância, porque 80% dos canceres de mama são descobertos através do autoexame. Eu não tinha esse costume, infelizmente”.
Após visita ao ginecologista e a indicação de exames de rotina, como ultrassom preventivo, mamografia e tireoide, foi detectado um nódulo irregular no seio. Com a biópsia veio a confirmação.
“Nesse momento abre um buraco no chão e você cai dentro, não consegue processar aquela informação. Na minha família nunca teve, não tem histórico de câncer de mama. Alias, de nenhum tipo. Era um mundo paralelo pra mim. Achei que morreria!”, comenta Alexandra.
Autocuidado como processo de cura 4uy5b
Com o diagnóstico e a indicação do tratamento (cirurgia de retirada do tumor + seis ciclos de quimioterapia + 25 sessões de radioterapia) tão agressivo quanto o câncer, Alexandra poderia ter deixado a peteca cair. Mas, esse não é o perfil da professora, que resolveu mudar o pensamento e focar que tudo que estava por vir seria parte do processo de cura. “A primeira coisa que eu perguntei para o médico foi se meu cabelo iria cair. E ele disse: ‘sim’. Claro que fiquei triste, sempre fui muito vaidosa. Mas procurei pensar que, na quele momento, o cabelo era um detalhe”.
Antes mesmo de começar a quimioterapia, a professora comprou lenços e turbantes e aprendeu como usá-los. Depois da primeira sessão, veio a queda. “Cai da noite para o dia. Então, liguei para amigas que sempre cuidaram do meu cabelo e marquei para arem a máquina. Elas foram extremamente carinhosas comigo e reservaram um horário só pra mim no final da tarde”, revela. Alexandra conta que, apesar da tranquilidade no momento no corte, encarar o espelho depois foi complicado. “Você não está acostumada com aquela aparência e fica desconfortável. Mas, isso durou dois dias. Hoje, já me acostumei e saio sem lenço e sem turbante”.

Ela explica que o autocuidado é mais que vaidade em um momento como esse, mas uma tentativa de manter o equilíbrio emocional.
“É manter a autoestima elevada. Meu médico sempre me cobrou, sempre me disse isso, que o equilíbrio emocional e psicológico está diretamente ligado ao processo de cura. Então eu decidi continuar me olhando no espelho e gostando do que eu estava vendo. Não deixo nenhum dia sequer de me arrumar. Antes, a maquiagem era algo que usava ocasionalmente. Hoje, pra ir ao mercado eu o um batonzinho”, indica.
Internet e fontes confiáveis 3n3t54
Alexandra conta que, no início, ela foi impactada por todo tipo de informação na internet. Muitas delas aterrorizantes, que só tratavam sobre morte e traziam pânico. Após o período inicial, ela decidiu ar fontes confiáveis de informação, como o site do INCA (Instituto Nacional de Câncer).
“A internet tem mutia informação boa, mas também coisa ruim. E nós temos a tendência de se apegar na parte ruim da coisa. Li muita desgraça, tragédia, estava entrando em pânico. Depois disso, comecei a buscar fontes confiáveis, como o site do INCA, e a seguir médicos mastologistas e oncologistas nas redes sociais. Acompanho lives sobre o assunto e estudei bastante”, indica.

Mensagem para mulheres com câncer 1c2l1a
A espiritualidade é uma força para a professora, que afirma que acreditar em algo maior é uma espécie de conforto. Ela aproveita para deixar uma mensagem de incentivo para mulheres que estão ando pela luta contra o câncer de mama.
“Sei que não é fácil, mas procure se apegar a coisas positivas. ‘Descobri um câncer!’, que bom que você descobriu e vai fazer tratamento. ‘Ah, mas eu vou fazer quimioterapia’, ótimo, porque é o melhor tratamento. ‘Mas o meu cabelo está caindo’, que ótimo, é sinal que a quimioterapia está fazendo efeito é esse o objetivo. Se inspirem acreditem nos médicos, na medicina, na sua cura. Façam o autoexame e acreditem na cura”, finaliza.

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