Peeling de fenol: procedimento deve ser feito apenas por dermatologista 4i1b1p
O Primeira Página foi atrás do assunto para saber os riscos e como fazer de forma segura o peeling de fenol p6n3q
O peeling de fenol está deixando muita gente curiosa, e preocupada, após um rapaz, de 27 anos, ter feito o procedimento e morrer nesta última segunda-feira, 3 de junho, em São Paulo. O Primeira Página foi atrás do assunto para saber os riscos e como fazer de forma segura.
Confira abaixo o vídeo do dermatologista Alexandre Moretti, de Campo Grande, explicando sobre o peeling de fenol:
O rapaz que morreu realizou o procedimento em um dos estúdios de uma influenciadora chamada Natalia Becher, localizada no Campo Belo, zona sul de São Paulo. O local onde fazer o peeling de fenol faz toda a diferença, segundo o médico campo-grandense.
“Tem que ser feito em ambiente cirúrgico, em centro cirúrgico ambulatorial, em um hospital. [Paciente] tem que estar monitorizado. Alguns precisam ser sedados, porque existe um pouco de dor, não no procedimento em si, mas posteriormente. Então, o paciente tem que ser muito bem preparado, fazer eletrocardiograma, fazer exames prévios, [verificar] função renal, porque ele [o peeling de fenol] é uma substância cardiotóxica e nefrotóxica. Provavelmente, essa morte que aconteceu em São Paulo foi por não monitorização adequada, hidratação. Isso faz toda a diferença. E tem que ser feito por um médico. [Peeling de fenol] Tem resultados fantásticos, resultados maravilhosos, mas tem que ser feito pelo médico e muito bem indicado”.
Alexandre Moretti, dermatologista
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Segundo o médico, o peeling de fenol é feito por pacientes que querem melhorar o rejuvenescimento na face toda. “Pele muito fotodanificada, pele com muita ruga, rugas profundas”, aponta Moretti.
A composição do peeling contém, além de substâncias como o fenol, óleo de crótons e sabão. “O óleo de crótol é o ativo que faz a penetração. Muitos dizem que o óleo faz o efeito de peeling, mais do que o fenol. O fenol puro, sem óleo de cróton, é um peeling médio, é um peeling epidérmico. O óleo de cróton ajuda a profundar o fenol”, explica.
Ainda de acordo com o dermatologista, não é todo mundo que pode fazer o procedimento.
“A gente indica para peles mais claras, pessoas com olhos claros. Dificilmente a gente vai fazer peeling de fenol em pessoas com pele mais escuras, porque pode complicar, principalmente com relação a cicatrizes e manchas, e às vezes até queloides, então, tem que tomar cuidado”, ressalta Moretti.
