"Necessário", diz idosa que faz tratamento para dores com canabidiol 3s2c72
Os médicos agora podem voltar a prescrever o canabidiol para pacientes que tratam diversas doenças, conforme já era estabelecido pela Anvisa; nessa segunda-feira (24), ocorreu protestos em todo país 653u2w
O CFM (Conselho Federal de Medicina) suspendeu, ao menos por enquanto, a Resolução 2.324/2022 que restringiu o papel dos médicos em fazer a prescrição de medicamentos à base de cannabis. A decisão interrompida pelo CFM, após manifestações ao longo do país, autorizava que o derivado só poderia ser utilizado para tratar alguns quadros de epilepsia.

“A nossa luta não para. Essa resolução não tinha mudado muita coisa do que já era, mas ela restringiu ainda mais o pouco que já tínhamos. Então, em união com outros estados e associações, fizemos mobilização pra que essa voz chegasse até o CFM. A cannabis pode tratar muitas patologias, e não só três”, afirma Jéssica Camargo, Diretora da Associação Divina Flor.
A pensionista Elza Batista da Silva, de 77 anos, usa o oléo de canabidiol há seis meses para aliviar dores no corpo.
“Preciso do óleo canabidiol pra ter qualidade de vida de novo. Isso é humanamente necessário”, declara Elza.
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Os médicos podem voltar a prescrever o canabidiol para pacientes que tratam diversas doenças, conforme já era estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nessa segunda-feira (24), um grupo de manifestantes protestaram em frente à sede do CRM (Conselho Regional de Medicina), em Campo Grande.

Segundo eles, a medida pode prejudicar o tratamento de pacientes que já fazem uso medicinal da cannabis.
No total, 451 pessoas são beneficiadas com a medicação, por meio da Associação Divina Flor, de Campo Grande. O remédio pode ser comprado com receita médica, mas custa mais de R$ 2 mil o frasco. Dayane Dias, que faz tratamento contra o câncer de mama, é uma das pacientes que conseguem a medicação através da associação.
“Sem a cannabis, estaria em sofrimento de dor, ansiedade e depressão. A cannabis me ajuda nesses efeitos colaterais”, disse a assistente social.