Mulheres têm mais chances de desenvolver depressão, alerta pesquisa 2k5ys

Os transtornos de ansiedade e depressão são as duas condições de prejuízo à saúde mental que mais acometem mulheres 4i516v

As questões hormonais e sociais são responsáveis por aumentar o risco de mulheres desenvolverem depressão, de acordo com dados divulgados pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Jornadas duplas – em casa e no trabalho – além do ciclo menstrual podem contribuir para o desenvolvimento de patologias mentais.

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Depressão acomete mais mulheres do que homens (Foto: Pixabay)

Carmita Abdo, psiquiatra e membro da Comissão Especializada em Sexualidade da federação, explica que devido às oscilações hormonais (fisiológicas), ao longo da vida, as mulheres têm de 10 a 25% de risco de apresentar episódios depressivos, quando comparadas aos homens.

“Esse risco, durante a vida, é de 5% a 12% para o sexo masculino e de 10% a 25% para o feminino, nos diversos períodos da sua vida reprodutiva e não reprodutiva (período pré-menstrual, gravidez, puerpério, perimenopausa e pós menopausa)”, alerta a médica.

O iCASM (Índice Instituto Cactus-Atlas de Saúde Mental), desenvolvido pelo Instituto Cactus, ainda aponta outros grupos de risco, como desempregados, jovens e LGBTQIA+, especialmente pessoas trans, têm índices de saúde mental mais baixos do que a média.

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No caso das mulheres, a pontuação foi registrada em 600, evidenciando uma diferença negativa de 72 pontos em comparação aos homens, cuja pontuação foi de 672.

Ansiedade e Depressão 2z6o1p

Os transtornos de ansiedade e depressão são as duas condições de prejuízo à saúde mental que mais acometem mulheres.

“A ansiedade se caracteriza por sintomas físicos, psicológicos e cognitivos. Diante de estresse ou perigo, essas reações são naturais. Por outro lado, algumas pessoas se sentem extremamente ansiosas com as atividades corriqueiras, o que representa ansiedade patológica”, alerta Carmita.

A ansiedade como patologia afeta 9% da população, sendo duas vezes mais comum em mulheres.

Os sintomas incluem:

  • dificuldade de concentração;
  • preocupação excessiva;
  • inquietação;
  • tremores;
  • hiperatividade;
  • taquicardia;
  • palpitação;
  • sudorese;
  • tontura;
  • boca seca e náusea.

A depressão, por sua vez, se caracteriza por humor triste, baixa autoestima, isolamento social, crises de choro, lentificação ou agitação psicomotora, dificuldade de concentração e decisão, prejuízo da memória, ideias de culpa, ruína e de suicídio, sintomas físicos (fadiga, perda ou aumento do apetite, do sono, do interesse sexual e dores generalizadas ou localizadas).

Em outras palavras, os transtornos depressivos incluem uma ampla variedade de manifestações, cuja característica comum é o humor triste, vazio ou irritável, associado a alterações físicas, que afetam significativamente a funcionalidade.

Um tipo específico de TDPM (transtorno depressivo é o transtorno disfórico pré-menstrual), que se manifesta por sintomas com intensidade suficiente para impactar o cotidiano da mulher (vida profissional e social, relacionamento interpessoal e sexual), como detalhado adiante.

“É comum que aqueles que têm transtornos de ansiedade também enfrentem a depressão ou vice-versa. Cerca de 10% da população mundial sofre de ansiedade e depressão, o dobro de mulheres comparativamente aos homens. No entanto, embora os transtornos de ansiedade e depressivos sejam tratáveis, apenas uma pequena porcentagem das pessoas afetadas recebe tratamento”, pontua a médica.

A médica ainda enfatiza a relevância de procurar a orientação de um profissional de saúde mental quando se manifestarem sintomas mentais graves ou angustiantes persistindo por duas semanas ou mais, tais como:

  • dificuldade para dormir;
  • mudanças de apetite que resultam em alterações de peso para mais ou para menos;
  • dificuldade para sair da cama, devido ao humor negativo;
  • dificuldade de concentração;
  • perda de interesse em atividades que antes eram agradáveis;
  • incapacidade de desempenhar funções e responsabilidades diárias habituais.

Prevenção 4x6x51

A médica ainda expõe algumas medidas que ajudam tanto a prevenir doenças mentais quanto auxiliar na efetividade do tratamento.

“Entre elas estão adoção de hábitos de vida saudáveis, evitando práticas como tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas ilícitas, sono insuficiente, sedentarismo, dieta hipercalórica e gordurosa e beber pouca água. Medicamentos podem desempenhar papel importante no tratamento de condições mentais, sendo frequentemente utilizados em combinação com outras abordagens, tal como psicoterapia e exercício físico. Muitas vezes a psicoterapia é suficiente, se combinada a bons hábitos de vida. O profissional de saúde vai avaliar cada caso e definir qual a melhor alternativa de tratamento”, frisa Carmita.

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