Médico diz que câncer em crianças tem 64% de chance de cura 4j2m6u
Chance de cura de câncer infantojuvenil chega a 80% nos países desenvolvidos r503
Com chance de cura de 64%, o câncer pediátrico está longe de ser uma sentença de morte. Há tratamento e com alta chance de cura, segundo o médico oncologista pediátrico Renato Melaragno e membro da Comissão Médica do Instituto Ronald McDonald (IRM). Ele esteve em Cuiabá e comandou um curso de capacitação sobre prevenção do câncer infantojuvenil aos profissionais que atuam nas unidades básicas de saúde.

Segundo o médico especialista, as mães são as grandes aliadas no diagnóstico e no tratamento das crianças. “Ouçam mães, elas conhecem seus filhos”, diz o médico aos seus alunos.
Para o médico, esses primeiros sinais ajudam a ter a noção de que a criança pode ter câncer e procurar um atendimento especializado. “Não é ideia de ele fazer o diagnóstico, mas de pensar na possiblidade e seguir um fluxo para que essas crianças cheguem em tempo hábil para confirmar o diagnóstico ou, se for outra doença, procurar tratamento”, explica.
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Segundo o médico, no Brasil, ainda há muita dificuldade de fazer diagnóstico de câncer infantojuvenil. Afirma que o paciente ainda chega bastante atrasado ao especialista por falta de informação do profissional de saúde e por dificuldade de encaminhamento. “Tudo é muito burocrático e cheio de gargalos”, conta Melaragno.
Os dados mostram que o câncer pediátrico é a primeira causa de morte em crianças acima de um ano no Brasil e, segundo o médico oncologista, a formação em oncologia pediátrica nas faculdades é ruim.

No entanto, destaca que o país ainda pode evoluir no diagnóstico e tratamento da doença. Afirma ainda que o câncer pediátrico é mais curável do que o câncer adulto, mas não pode ser prevenido, sendo o diagnóstico precoce a chance de cura.
Destacou ainda que os dados Inca (Instituto Nacional do Câncer), em países de primeiro mundo, as chances de cura chegam a 80%, no Brasil, estão em torno de 64%.
As capacitações do Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil foram presenciais e reuniram estudantes dos últimos períodos de medicina e enfermagem de um centro universitário de Várzea Grande e contaram também com a presença de profissionais da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso) e HCanMT (Hospital de Câncer de Mato Grosso).