Leishmaniose: CG tem 2 pacientes internados 1l2t1m
No 1º trimestre, foi registrado o dobro de casos de leishmaniose em MS, em comparação a 2021. 2b1j46
Considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma das doenças mais negligenciadas do mundo, a leishmaniose visceral, é transmitida aos humanos e outros animais pela picada de insetos flebotomíneos. Só no primeiro trimestre deste ano, foi registrado o dobro de casos em Mato Grosso do Sul, em comparação ao mesmo período de 2021 – 19 e 10, respectivamente. Neste momento, inclusive, há dois pacientes em tratamento na Santa Casa de Campo Grande.

A situação mais grave é de um idoso de 69 anos que chegou ao hospital no último dia 14, com histórico de leishmaniose, histoplasmose – inalação dos esporos microscópicos do fungo Histoplasma capsulatum – e anemia. Segundo a Santa Casa, esse paciente é um caso de reinternação e, por causa do quadro gravíssimo, ele está sedado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O outro caso é de um paciente de 18 anos que foi internado na véspera do feriado de Corpus Christi com leishmaniose visceral. Como está consciente e orientado, ele está realizando exames laboratoriais e segue sob os cuidados do clínico geral.
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A leishmaniose visceral é endêmica em 76 países e, no continente americano, está inserida em pelo menos 12. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Neste ano, já foram registrados mais de 20 casos no estado e três mortes.
Prevenção 4x6x51
A transmissão ocorre pelo mosquito palha que se infecta ao se alimentar do sangue de humanos ou animais infectados, principalmente os cães, mas pode se infectar com gatos, pássaros.
As medidas de prevenção individual englobam o uso de repelentes, principalmente nos horários de atividades do vetor (amanhecer e anoitecer) e a limpeza dos quintais, especialmente os que têm plantas (árvores, arbustos) para evitar o acúmulo de matéria orgânica.
Outra medida importante no combate à doença é a vacinação dos animais. As medidas de proteção coletiva englobam o recolhimento do lixo, a melhora das condições socioeconômicas, moradia e nutrição da população, sobretudo de crianças, que são mais vulneráveis à doença.
Sintomas 5b5at
Ao circular por áreas onde ocorrem casos de leishmaniose visceral, ao sentir sintomas da doença: febre de longa duração, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia), perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, entre outras manifestações, devem procurar o serviço de saúde mais próximo o quanto antes.
O diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada. Se não houver tratamento, pode levar a óbito até 90% dos casos.
Tratamento 415nn
Apesar de grave, a leishmaniose visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito, está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) e baseia-se em quatro remédios: o antimoniato de N-metil glucamina, a
anfotericina B lipossomal, o desoxicolato de anfotericina B e o isetionato de pentamidina.
No caso dos cães, o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) permitiu a utilização da Miltefosina para o tratamento de cães com leishmaniose visceral canina. Segundo a portaria que regulamenta o tratamento de cães, é proibido o tratamento da leishmaniose visceral com produtos de
uso humano ou não registrados no Mapa.