Janeiro Roxo reforça conscientização sobre hanseníase em MS 3b4i3d

Ações da campanha serão realizadas ao longo do mês; o foco está no diagnóstico precoce! Entre as iniciativas, estão palestras e exames de graça 5e3341

Janeiro é o mês dedicado a campanha de conscientização sobre a hanseníase, uma doença infecciosa e contagiosa. Para quem se descobre com a doença, o tratamento é gratuito, mas em pleno 2025 a principal luta ainda é contra o preconceito e a falta de informação.

Valdemar de Araújo Filho durante consulta no São Julião (Foto: Heloísa Carvalho)

? Ouça abaixo reportagem da Morena FM: 2h3t1g

A hanseníase é provocada por uma bactéria chamada bacilo de hansen. A transmissão é pela tosse, espirro ou fala, em um contato prolongado e próximo de pessoas sem tratamento. Os sintomas aparecem de dois a sete anos.

O Brasil é o segundo país com maior incidência no mundo da doença, atrás só da Índia. Só em 2022 foram quase 20 mil novos casos, segundo o Ministério da Saúde, mas para a Sociedade Brasileira de Hansenologia o número de pessoas com a doença pode ser ainda maior.

O encarregado de pecuária Valdemar de Araújo Filho, de 57 anos, procurou uma unidade de saúde em Santa Rita do Pardo, região leste de Mato Grosso do Sul, depois de descobrir manchas na pele. Foi, segundo ele, um período complicado quando recebeu o diagnóstico de hanseníase.

“Foi muito difícil, hein, porque eu descobri assim que a minha esposa teve essa doença e não quis fazer o tratamento uma vez, né, ela me chamou pra vir, eu não quis vir. Aí começou a sair umas manchas na pele, nas costas, embaixo do pé, aí eu fiquei com medo, né, aí comecei a correr, aí fui lá em Santa Rita, vi com a enfermeira, aí ela conseguiu me encaminhar para o São Julião”

Valdemar de Araújo

Em Campo Grande, o Hospital São Julião é referência no atendimento e tratamento da doença. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, ações da campanha Janeiro Roxo serão realizadas ao longo do mês; o foco está no diagnóstico precoce e na conscientização sobre a doença. Entre as iniciativas, estão um ciclo de palestras com exames de graça, como explica o médico dermatologista e diretor técnico do hospital, Augusto Brasil.

“Ela é uma doença neurológica, primariamente, portanto ela provoca perdas de sensibilidade nas mãos, nos pés, sensação de queimação, formigamentos e depois, na sequência, começam a surgir manchas na pele. Essas manchas, inicialmente, são manchas brancas, esbranquiçadas, com perda de sensibilidade e depois elas vão se tornando avermelhadas. Esse quadro já mostra um sinal mais avançado da doença. O tratamento é gratuito, está disponibilizado em todas as unidades de saúde e eles são efetivos, quer dizer, os pacientes são curados com o tratamento adequado. Estando tratados, não transmitem a doença e podem conviver com a nossa sociedade normalmente”.

Médico dermatologista e diretor técnico do hospital, Augusto Brasil

Valdemar está otimista com a jornada de tratamento, e diz que para alcançar a cura, mudou toda a sua rotina. “Bebedeira eu parei, eu quero é sarar, agora está ótimo, sumiu as manchas, mas graças a Deus está tudo certo agora”.

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