Irmãos de fígado: advogado recebe órgão de amigo de infância 633xn
Zeca soube aos 17 anos que precisaria ar por um transplante 52516c
Amigos pelo coração e irmãos de fígado, literalmente. Essa é a história de Zeca e Carlinhos, dupla que protagonizou um verdadeiro ato de amor e empatia em Mato Grosso do Sul após arem por um transplante de órgãos.

Zeca Moreno Ferreira, de 25 anos, advogado atuante em Dourados, nasceu com uma doença no fígado. Por isso, com apenas três meses de vida ou pela primeira cirurgia. Após o procedimento, a família sabia que o rapaz precisaria de novo órgão.
“Eu tinha bastante internações mesmo. Por conta da cirurgia, o meu fígado ficou grudado no meu estômago, então eu tinha bastante infecção alimentar. Qualquer coisinha que eu comia diferente, dava infecção. E eu tinha que ficar internado e essas internações começaram a se alongar”, conta Zeca.
Aos 17 anos, o advogado teve uma internação mais longa. Ainda no hospital, recebeu a notícia de que a hora de um transplante havia chegado.

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Ao saber da notícia, Zeca e os pais mal sabiam que a chance dele viver estava bem ao lado. O amigo do advogado, o funcionário público de Fátima do Sul, Carlos Quirino, resolveu doar parte do seu fígado para Zeca através de um transplante “intervivo”, que é quando o doador está vivo.
Segundo Zeca, o amigo vivia em sua casa. “A gente brincava junto, jogava videogame. Éramos bem próximos”, relembra o advogado.
Porém, antes de saber que o doador seria o parceiro de infância, muitas outras pessoas ofereceram doar parte do fígado ao Zeca. Só que ele não contava com um desafio pela frente.
“Eu sou uma pessoa muito alta, então eu precisaria de uma pessoa alta também para o tamanho do órgão. Não era uma coisa tão simples de encontrar. Enquanto isso eu tava na fila de transplante”, revela.
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Carlinhos ainda se lembra da emoção dos pais do amigo no momento em que souberam do resultado positivo, garantindo a cirurgia para ajudar Zeca.
“Emoção tomou conta e aí todo mundo que tava perto chorou. E por incrível que pareça, eu tinha feito um exame de sangue na mesma semana. Aí viram que pelo menos o sangue era compatível”, recordou Carlinhos, que doou 76% do lado direito do órgão.
Contudo, a história emocionante não para por aí. Depois de toda essa demonstração de amor ao amigo de infância, Carlinhos resolveu convidar Zeca para ser padrinho da sua primeira filha, Maria Eloá, hoje com 2 anos e 5 meses.

Agora, a dupla se tornou uma única família e com um desejo especial: que toda essa história inspiradora incentive mais doadores de órgãos.
“É muito importante para quem recebe então, nossa! Se a gente tá aqui no mundo pra tentar fazer a diferença um pouco, acho que essa é uma ótima forma de tentar”, declarou Zeca.
“Se a gente colocar na consciência que uma pessoa depende de você, pra ela poder sobreviver e ter uma vida boa acho que não tem nada no mundo que pague isso”, finalizou Carlinhos.