Foliona de 88 anos toma vacina bivalente contra covid em Campo Grande 5x4l3i

Não tem idade que impeça dona Maria do Carmo Corrêa Dutra de desfilar na avenida. No Carnaval de Campo Grande, a Praça do Papa será palco para o samba no pé da foliona de 88 anos que vai sair em duas escolas, e devidamente imunizada.

“Vou pular Carnaval e desfilar, aí vim vacinar, se não velho não aguenta. Precisa estar com a imunização em dia”, afirma a aposentada.

Maria do Carmo foi uma das primeiras a tomar a dose da bivalente no posto de saúde 26 de agosto, no Bairro São Francisco, na Capital. Ela foi vacinada, inclusive, pelo secretário municipal de Saúde, Sandro Benites. “Dona Maria, animada assim, é um exemplo para todos nós”, comentou Benites.

O secretário reforçou a necessidade das vacinas contra a covid, mesmo num cenário que parece mais tranquilizador. “Apesar da gente estar com UTI’s vazias, existe um grupo de risco. Em todo o mundo quem mais sofreu e faleceu foram os idosos. Então, o nosso foco com a bivalente nesta semana é priorizar idosos acima de 85 anos”, explicou.

Segundo a Sesau, o Ministério da Saúde enviou uma quantidade muito pequena da vacina bivalente, por isso a aplicação começa a ser nos idosos a partir de 85 anos, e posteriormente, na semana que vem, a idade baixa para 80.

“Assim que formos recebendo mais vacina, vamos ampliando o calendário. Lembrando que a bivalente são duas doses, mas ela é uma vacina de reforço”, completa o secretário.

Questionado se a vacinação contra a covid será oferecida continuamente, Sandro Benites comparou a dose com a da gripe. “Como é a vacina da influenza, vamos ter que nos acostumar e conviver com esse vírus naturalmente, como são as outras viroses. Então, teremos sim vacinação anual que vai entrar no calendário vacinal normal do Ministério da Saúde”, descreve.

Bivalente – quem pode tomar? 3k5n1z

Em Campo Grande, nesta primeira etapa, a vacina estará liberada para idosos de 85 anos ou mais, que tenham recebido a última dose da vacina contra a covid-19 há pelo menos quatro meses e estejam com o esquema vacinal básico completo.

Apesar de ter sido preconizado pelo Ministério da Saúde que a imunização fosse oferecida a idosos de 70 anos ou mais, abrigados e trabalhadores Instituições de Longa Permanência; imunocomprometidos, além de comunidades indígenas e quilombolas, a Prefeitura de Campo Grande vai aguardar a chegada de mais doses da vacina.

De acordo com a Sesau, a estimativa é de que 61 mil pessoas façam parte do público da primeira fase da aplicação. No entanto, Campo Grande recebeu nesta semana apenas 6 mil doses da vacina bivalente enviadas pelo Ministério da Saúde. Por isso a redução da faixa-etária até 70 anos deve ocorrer de maneira gradativa.

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