Falta de saneamento básico causa mais de 6,3 mil internações em MS 553og

Dados do Instituto Trata Brasil divulgados nesta terça-feira (5) mostram que Mato Grosso do Sul teve 6.319 mil pacientes internados por doenças de veiculação hídrica, ou seja, pela falta de saneamento básico, em 2019, ano em que a pesquisa foi feita. Entre as principais doenças que levaram as pessoas para o hospital foram: diarreicas, dengue, […] 602y2t

Dados do Instituto Trata Brasil divulgados nesta terça-feira (5) mostram que Mato Grosso do Sul teve 6.319 mil pacientes internados por doenças de veiculação hídrica, ou seja, pela falta de saneamento básico, em 2019, ano em que a pesquisa foi feita. Entre as principais doenças que levaram as pessoas para o hospital foram: diarreicas, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária.

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Saneamento básico em Maceió (AL), Estado teve 4,9 mil pessoas internadas em 2019. (Foto: Carolina Gonçalves/Agência Brasil)

Com este dado, Mato Grosso do Sul ficou no 15º lugar em internações gerais, sendo o primeiro o Estado do Amapá, com apenas 861 pessoas internadas e o último, o Maranhão, com 38.237 mil pacientes.

Em todo País, a falta de saneamento básico vem sobrecarregando o sistema de saúde. Somados dados de todos os estados, só em 2019, 273.403 mil pessoas foram internadas pelo mesmo motivo. A incidência de internações, segundo a pesquisa, foi de 13,01 casos por 10 mil habitantes, o que gerou gastos de R$ 108 milhões aos cofres públicos.

O estudo foi feito a partir de dados públicos do Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e o Datasus, portal do Ministério da Saúde que acompanha os registros de internações, óbitos e outras ocorrências relacionadas à saúde da população.

No mesmo ano, a falta de o à água tratada e ao esgotamento sanitário levaram a 2.734 mortes, uma média de 7,4 mortes por dia. No Nordeste, as mortes ultraaram mil casos; no Sudeste, 907; no Sul, 331; no Norte, foram 214; e, no Centro-Oeste, 213 óbitos registrados.

Para o instituto que conduziu a pesquisa, o Trata Brasil, o estudo destaca a relevância de se acelerar a agenda do saneamento básico para que mais pessoas recebam os serviços.

“Os dados deixam claro que qualquer melhoria no o da população à água potável, coleta e tratamento de esgotos traz grandes ganhos à saúde pública. Por outro lado, o não avanço faz perpetuar essas doenças e mortes de brasileiros por não contar com a infraestrutura mais elementar. São hospitalizações que poderiam estar sendo destinadas a doenças mais complexas”, afirmou o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

Com isso, o instituto afirma que as pessoas seriam mais saudáveis, e o Brasil trabalharia para cumprir o sexto Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, firmado pela ONU (Organização das Nações Unidas), de universalizar o o à água e aos serviços de esgotamento sanitário, além das metas do novo Marco Legal do Saneamento, Lei 14.026 de 2020 que estipula o prazo até 2033 para 99% da população ter o à água tratada e 90% à coleta dos esgotos.

Nos últimos anos 555j6a

A pesquisa revelou ainda que, de 2010 a 2019, o Brasil registrou queda nas internações por doenças de veiculação hídrica, ando de 603,6 mil para 273,4 mil. No entanto, houve aumento de cerca de 30 mil internações de 2018 para 2019.

Segundo avaliação do instituto, os resultados mostram que, mesmo distante do ideal, a expansão do saneamento ao longo dos anos, com a ampliação das áreas de cobertura com água tratada e coleta de esgoto, trouxe ganhos à saúde, permitido a redução das doenças e das mortes por veiculação hídrica. Isso porque, em 2010, 54,6% da população não tinha coleta dos esgotos, enquanto nove anos depois, a população sem o foi reduzida a 45,9%.

No mesmo período, houve também queda no número de internações de crianças de zero a quatro anos, ando de 200,6 mil em 2010 e para 81,9 mil em 2019.

Na pandemia 5j1w1

Sobre a relação entre saneamento e doenças em 2020, o Trata Brasil informou que dados preliminares mostram que o país teve 174 mil internações por doenças de veiculação hídrica, o que representaria uma redução de 35% em relação a 2019.

No entanto, a entidade explicou que os dados precisam ser analisados pelas instituições médicas, já que a queda pode estar relacionada ao afastamento das pessoas dos hospitais por medo de contaminação por covid-19.

As mortes por doenças de veiculação hídrica em 2020 foram estimadas em 1,9 mil, o que também representaria uma redução entre 30% e 35% na comparação com o ano anterior.

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