Cuiabá é a 2ª capital do país onde mulheres mais consomem refrigerante 46d36
Segundo o Ministério da Saúde, 16,2% das mulheres consomem refrigerante em cinco ou mais dias da semana. 6ei39
A pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde, aponta que Cuiabá é a segunda capital do país onde as mulheres mais consomem refrigerantes. Segundo o levantamento, 16,2% das mulheres bebem refrigerante em cinco ou mais dias da semana.

Os dados mostram que 20,2% das pessoas entre homens e mulheres, ingerem refrigerante por cinco ou mais dias da semana. Já em relação os homens, Cuiabá fica em terceiro lugar no ranking dos que mais consomem, com 24,6%.
Entre as mulheres, a capital cuiabana só perde para Porto Alegre, que tem 24,2%. Em terceiro lugar fica Curitiba, 15,8%.
Já as menores frequências do consumo são em Maceió (2,8%), Natal (3,4%) e Salvador (3,8%).
A nutricionista especialista em emagrecimento e diabetes, Myrella Garcia Cunha, explica que o alto índice pode estar ligado ao calor da capital cuiabana, além da mudança de hábitos durante a pandemia da covid-19.
“Cuiabá favorece o consumo de bebidas geladas pelo clima quente e um período longo de temperaturas altas. A pandemia também trouxe mudanças importantes no comportamento do consumidor, como o maior consumo de bebidas em casa e maior uso de aplicativos de entrega”, afirma.

A enfermeira Maria Julia Samuel Carrara, de 22 anos, disse que toma refrigerante cinco vezes na semana. Ela faz parte do índice do Ministério da Saúde e chega a tomar 2 litros por semana, ou seja, uma média de quase 300 ml por dia.
“Eu já tomava desde pequena, mas nunca exageradamente. Hoje em dia que eu exagero um pouco, mas estou disposta a reduzir ou parar de tomar”, contou.
Ela disse ainda que, com o objetivo de parar de consumir a bebida, ela decidiu entrar em uma dieta alimentar com o acompanhamento de uma nutricionista desde dezembro do ano ado.
De acordo com a nutricionista, os refrigerantes aumentam o risco de morte prematura decorrente de uma série de doenças, como problemas cardíacos e alguns tipos de câncer.
Diabetes n3w3
Além de diabetes, o consumo descontrolado da bebida também pode gerar obesidade ou sobrepeso. Segundo a especialista em emagrecimento e diabetes, 16,2% dos casos da doença no país podem ser atribuídos às bebidas açucaradas. Essa porcentagem equivale a 1,3 milhão de pessoas.
Há mais de um ano, a a Laura Galassi Gabetel Barbosa, de 27 anos, parou de tomar refrigerante. O motivo foi por cuidado com a saúde, já que consumia a bebida todos os dias.
“Eu tomava muito refrigerante, mesmo sem pensar eu sempre optava por ele. No começo foi uma forma de introduzir opções mais saudáveis, porque antes se tivesse um refrigerante eu dificilmente trocaria por um suco. Hoje me acostumei, não me faz falta”, relatou.
Laura optou por diminuir a frequência por conta própria e hoje escolhe outras bebidas para substituir.
“Tive que me policiar até criar o hábito. Parar de comprar foi o começo e depois parei de pedir em restaurantes”, explica.
A pesquisa aponta que as mulheres de Cuiabá estão em 2º lugar dentre as capitais que mais possuem o registro de diabetes do país. O índice entre elas é de 11,5%, enquanto entre homens é de 8,5%.
A frequência de mulheres que possuem diagnóstico médico da doença foi mais constante em Maceió (12,3%), Cuiabá e em 3º, no Rio de Janeiro, Natal e Teresina, com 11,1% das mulheres.
LEIA MAIS 24721m
Covid-19: MT é o 6º estado brasileiro que menos vacinou crianças de 5 a 11 anos