Corpo do músico Zé Pretim é enterrado em Campo Grande 5u5p72
O corpo do músico Zé Pretim foi enterrado, nesta sexta-feira (17), no cemitério do Cruzeiro, região norte de Campo Grande. Antes do sepultamento, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens no velório, que ocorreu em uma capela funerária na Vila Ipiranga e durou cerca de duas horas. Durante o funeral, um dos parceiros de Zé […] 416g4k
O corpo do músico Zé Pretim foi enterrado, nesta sexta-feira (17), no cemitério do Cruzeiro, região norte de Campo Grande. Antes do sepultamento, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens no velório, que ocorreu em uma capela funerária na Vila Ipiranga e durou cerca de duas horas.

Durante o funeral, um dos parceiros de Zé Pretim, o guitarrista e produtor musical Luis Henrique Ávila, tocou algumas músicas em tributo ao amigo, conhecido como “Bluesman Pantaneiro” e “Rei do Blues Caipira”.
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Aos 67 anos, José Geraldo Rodrigues, nome de batismo de Zé Pretim, foi encontrado morto no apartamento onde morava, na quinta-feira (16), no bairro São Jorge da Lagoa, na capital sul-mato-grossense. A irmã Angela Maria Rodrigues contou que a saúde do músico estava debilitada.
Amiga e síndica do condomínio, Karla Ariane Quirino disse que Zé Pretim andava triste pelo tempo longe dos palcos por causa da pandemia.

Autodidata na guitarra, Zé Pretim se tornou ícone do blues num estado dominado por música de outras vertentes. Um verdadeiro alquimista da música, a ponto de transformar Asa Branca, de Luiz Gonzaga, em blues. Trem do Pantanal, clássico de Almir Sater e Paulo Simões, também entrou na toada do “Rei do Blues Caipira”.
Outros colegas classificam Zé Pretim como revolucionário. Foi um dos desbravadores do blues no estado ainda na década de 70. Dizia que tinha pouca escolaridade, mas era um dos mais talentosos representantes do gênero no estado.
O palco da Morada dos Baís foi um dos lugares onde ele mais se apresentou nos últimos anos. A última apresentação foi em um evento transmitido há cerca de quatro meses, a única vez que ele tocou com a guitarra nova, presente do amigo Luis Henrique Ávila, que trouxe o instrumento de Londres.
Zé Pretim ficou conhecido nacionalmente depois de se apresentar no programa do Jô Soares e num programa de calouros.
Nas redes sociais, homenagens de diversos músicos e de bandas de blues. A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) afirmou que a perda do “Bluesman Pantaneiro” é irreparável.