Casos de influenza disparam em MT e SES faz alerta para vacinação 1a5v5f
O estado já registrou 1.077 casos da doença. 69n54
Mato Grosso enfrenta um aumento expressivo nos casos de gripe, especialmente das variantes Influenza A e B, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgados recentemente. O estado já registrou 1.077 casos da doença.
Em Cuiabá, o número de notificações subiu drasticamente: foram 383 casos registrados, o que representa um aumento de 365% em relação ao mesmo período do ano ado, que contabilizou 87 casos.

O pequeno José Souza Noronha, de apenas 3 anos e 10 meses, está internado com tosse persistente. Ele tem síndrome nefrótica, uma condição que afeta os rins e compromete a imunidade. A mãe, Eviane Souza, não abre mão da vacinação anual contra a Influenza.
“A gente não pode vacilar, qualquer resfriado vira internação. Ele já está vacinado, mesmo assim estamos aqui por conta da tosse”, relata Eviane.
Especialistas fazem alerta 3r8
A pediatra Miriane Rondon reforça que a vacinação é a principal forma de evitar casos graves, especialmente entre crianças.
“Essa é uma época em que os atendimentos aumentam muito. Nas crianças, os sintomas incluem febre, tosse, dor no corpo e até dor de cabeça. A vacina é a nossa única proteção real”, alerta.
Ela explica que a vacinação começa aos seis meses de idade e deve ser reforçada anualmente. “Com isso, conseguimos proteger as crianças contra os quadros mais graves“.
Uma das principais causas de morte 71501u
Dados da Fiocruz apontam que a Influenza A se tornou a principal causa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre idosos e uma das três principais causas de óbito entre crianças. O cenário também indica aumento de hospitalizações por Influenza A em várias regiões do país, ao mesmo tempo em que a procura pela vacina permanece baixa.
Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Saúde, Juliano Melo, o estado já monitora a elevação nos atendimentos.
“Percebemos esse aumento nos últimos 30 dias. As UPAs e hospitais estão mais cheios, e isso pode piorar nos próximos dois meses”, afirma.
Todos os municípios foram alertados e já contam com insumos para os atendimentos sintomáticos nos postos de saúde. O estado também está mobilizando a rede para absorver os casos mais graves.
“Estamos organizando os leitos para evitar colapso, principalmente para os pacientes que precisam de internação”, destaca Juliano.
Vacinas disponíveis 73l3o
Apesar da disponibilidade de doses, a adesão à vacinação está muito abaixo da meta.
“Nossa meta é vacinar 90% do público-alvo. Estamos bem abaixo disso e precisamos reforçar a importância dessa proteção”, alerta Juliano Melo.
A pneumologista Marina de La Cruz também chama a atenção para os riscos enfrentados por pessoas não vacinadas.
“Aumentaram os atendimentos, especialmente entre não vacinados, que correm maior risco de complicações como pneumonia, infarto e AVC”, explica.
Ela reforça que, mesmo para quem não faz parte dos grupos de risco, a vacina é um investimento na própria saúde:
“Se vale investir em algo, que seja na saúde. Prevenir é melhor do que remediar”, conclui.