Alerta: covid representa quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave 6r362z
O dado é do último Boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (9) pela Fiocruz. 10426m
De acordo com o novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (9) pela Fiocruz, 69% dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), registrados nas últimas quatro semanas no Brasil, correspondem a covid-19. A análise é referente à SE (Semana Epidemiológica) 22 – 29 de maio a 4 de junho – que registrou cerca de 7,7 mil casos de SRAG no país.

O levantamento aponta ainda que, em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, 92,22% destes foram em decorrência do coronavírus.
Segundo o estudo, é evidente o crescimento em nível nacional do número de casos semanais de SRAG associados à covid-19, em todas as faixas etárias da população adulta – a estimativa é de 88,7%. Já para população em geral, a estimativa mostra crescimento de 39,5% na média móvel de casos de SRAG semanais em comparação com o valor registrado entre a primeira e última semana de maio.
No caso de crianças e adolescentes, a pesquisa indica estabilização em patamar elevado nas faixas de 0 a 4 e 5 a 11 anos. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, os dados laboratoriais apontam que, no grupo de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao VSR (Vírus Sincicial Respiratório), embora também se observe a presença relevante de Sars-CoV-2 (covid-19), rinovírus e metapneumovírus.

Diante desse cenário, o pesquisador ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos.
Durante este ano já foram registrados 155.227 casos de SRAG, sendo 75.012 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 57.328 (36,9%) negativos, e ao menos 14.701 (9,5%) ainda aguardam resultado laboratorial. Das ocorrências com resultado positivo para vírus respiratórios, 5,2% foram por influenza A; 0,1% por influenza B; 9,1% por VSR (Vírus Sincicial Respiratório); e 82,7% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
O estudo destaca ainda que 24 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. As demais UFs (três) contam com indícios de estabilidade ou queda na tendência.