Volta da agenda de fertilizantes na Petrobras e futuro da UFN3 em MS 4y2r2y
Assunto foi pauta de encontro entre presidente da estatal, Jean Paul Prates, ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e governador Eduardo Riedel 3x3m55
A retomada da agenda de fertilizantes na Petrobras indica um futuro para a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas. O assunto foi debatido durante encontro em Brasília, na quarta-feira (14), entre o presidente da estatal, Jean Paul Prates, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

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Com a revisão dos elementos estratégicos do Plano Estratégico 2024-2028, aprovada no dia 31 de maio, a Petrobras permitiu a volta dos estudos e investimentos viáveis na exploração de gás e produção de fertilizantes. Na prática, isso reacende a esperança de conclusão da fábrica inacabada.
“Foi uma reunião extremamente positiva em que trouxemos a discussão da UFN3, que é uma expectativa, uma ansiedade de todo Mato Grosso do Sul. Foi uma reunião muito boa porque eles retomaram a agenda de fertilizantes e gás dentro da companhia, dentro da Petrobras, e sinalizaram uma discussão para que a gente possa nos próximos anos concluir esse que é um dos maiores ativos que nós construímos ao longo do tempo”, afirmou Eduardo Riedel.
“Agora começa nesse segundo semestre os estudos e, a boa notícia final, o presidente da Petrobras quer conhecer Mato Grosso do Sul, a planta de Três Lagoas, visitar todo o Estado de Mato Grosso do Sul, para ver in loco a grandeza e a importância da fábrica de fertilizante para Mato Grosso do Sul”, destacou Simone Tebet.

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Novela da UFN3 31355b
A construção da UFN3 começou em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%, depois que a Petrobras rompeu o contrato com o consórcio responsável. Na época, mais de R$ 3 bilhões já haviam sido investidos.
Em setembro de 2017, o empreendimento foi colocado à venda. A estatal justificou que não tinha mais interesse em continuar no seguimento de fertilizantes.
O grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia.
Em fevereiro de 2022, a Petrobras informou que tinha chegado a um acordo com Acron, mas que a do contrato de venda dependia ainda de tramitação na governança da empresa pública.
No dia 28 de abril de 2022, a Petrobras divulgou comunicado informando que a compra da unidade pelo grupo russo Acron não foi concluída “tendo em vista que o plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação.”
Reiniciado em maio de 2022, o processo de venda chegou a ter cinco empresas interessadas. Em janeiro de 2023, a Petrobras encerrou o processo de venda, que estava na fase vinculante.
Depois de concluída, a UFN3 terá capacidade projetada de produção diária de ureia e amônia de 3.600 toneladas e 2.200 toneladas, respectivamente.
Segundo a Petrobras, a capacidade de produção de ureia representaria aproximadamente 20% do consumo aparente de ureia brasileiro em 2020.