Vídeo que mostra Emanuel Pinheiro guardando dinheiro em paletó é recusado como prova 6y5k15

Os desembargadores da 4ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região anularam como prova em um processo de corrupção iva, um vídeo gravado em 2017, em que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na época deputado estadual, aparece supostamente recebendo propina o chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio Corrêa Júnior.

À época das investigações, o vídeo foi anexado junto à delação do ex-governador Silval Barbosa, que foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em que ele apontava o pagamento de propina para políticos do estado.

Nas imagens, Emanuel aparece guardando maços de dinheiro no paletó. De acordo com o depoimento de Silval, ele também recebia dinheiro para favorecer assuntos do governo na ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso).

No julgamento desta terça-feira (2), o relator do caso mencionou que esse tipo de prova só pode ser utilizada em casos específicos e a considerou ilícita. A decisão do TRF direciona pra que a Justiça de 1ª Grau aponte se há outras provas além do vídeo para dar continuidade ao processo ou para determinar o seu arquivamento.

O Primeira Página procurou a defesa do prefeito, mas não obteve retorno até a divulgação desta matéria.

Leia mais n1u6n

1. Justiça suspende Comissão Processante da Câmara que investiga Emanuel Pinheiro 1l2l11

2. Emanuel Pinheiro deve retornar à Prefeitura de Cuiabá na segunda-feira 4e1z4m

Relembre o caso c6n5a

Em setembro de 2015, o ex-governador Silval Barbosa foi preso, apontado pelo MPMT (Ministério Público de Mato Grosso) como chefe de uma organização criminosa que cobrava propina de empresas privadas em troca de incentivos fiscais durante a gestão dele.

Após mais de uma ano de prisão, Silval assinou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Nos depoimentos, o ex-governador revelou fraudes envolvendo autoridades com foro privilegiado – políticos de Mato Grosso e também da esfera nacional.

De acordo com o Ministério Público Estadual, as fraudes ocorreram entre 2011 e 2014, quando Silval era governador. E entre os denunciados estava o agora prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Ele foi investigado por receber, juntamente com outros deputados estaduais, propina de Silval para favorecer o Governo do Estado.