Riedel defende ação da PM na desobstrução de anel viário em Dourados 6k734w
Enquanto os indígenas falam que apenas a PF deve atuar em áreas de conflito, governador alega que a polícia estatual está baseada em protocolos 5m6m39
Depois do confronto entre indígenas e policiais militares, durante protesto na rodovia MS-156, conhecida como Perimetral Norte, em Dourados, o governador Eduardo Riedel (PSDB) defendeu a atuação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul no sábado (22). Ele falou sobre o assunto durante o Papo das 7, quadro de entrevistas do Bom Dia MS, sob comando da jornalista Mauren Mattiello.

Enquanto os indígenas alegam violência policial e abrem a discussão de que atuar nesse tipo de situação é competência exclusiva da Polícia Federal, o governador rebate que os conflitos com as forças policiais do estado estão ligadas a outros tipos de crime, consequência da discuta por terras, mas que pedem a intervenção estadual.
“O que o estado não pode permitir é que a gente tenha conflitos estabelecidos sem garantirmos a pacificação dessa situação. Então o que aconteceu nos últimos dias foi esse tipo de situação. Quando nove indígenas foram presos semana ada, eles invadiram a construção de um condomínio fechado, né? Aí quando a polícia foi lá ameaçaram, estavam armados, eles foram presos e quem definiu a prisão foi a justiça”.
O protesto em Dourados era justamente para pedir a liberdade dos nove indígenas, entre eles o ex-candidato a governador, Magno de Souza.
“Vamos dar um exemplo de sábado agora. Fecharam a estrada e fizeram refém e os trabalhadores de uma empresa que tem lá em Dourados. Eles não podiam sair. A polícia foi chamada, fizeram um boletim de ocorrência, começaram a negociação e os agressores tiveram uma ação mais contundente que a polícia teve que agir. Então a gente é uma situação de novo, né? A origem do conflito é que tem que ser analisada. Mas eu tenho muita confiança na polícia do Mato Grosso do Sul”.
Para Riedel, enquanto o Governo Federal tem o poder de resolver o conflitos causados pela demarcação de terras, a istração pública estadual deve atuar para garantir “a legalidade e a ordem do estado”, mas também para manter direitos básicos a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul.
“Essa é uma questão antiga, complexa e que a solução a por uma ação do Governo Federal em
relação a definição da demarcação de áreas. E uma outra ação, aí sim o estado pode ser muito proativo, está sendo dentro das comunidades indígenas. Em atender as demandas específicas de cada uma delas, nas áreas muitas vezes mais básicas. Tô falando de água, educação, conexão, conectividade, infraestrutura”, explicou.

No episódio em Dourados, a polícia alega que mais de 50 indígenas encapuzados faziam parte do protesto. Do outro lado, a Aty Guasu, a assembleia permanente que reúne os indígenas, publicou vídeo mostrando a movimentação depois do confronto onde é possível ver um homem com o rosto parcialmente coberto por uma camiseta, sujo de sangue. O número de feridos não foi divulgado.