Reeleito deputado federal, Vander Loubet quer coordenar bancada de MS 1ch6k

Em entrevista a jornalista Maureen Mattielo, ele revelou a intenção de assumir a vaga que hoje pertence a Simone Tebet; a coordenação da bancada no Congresso Nacional l2v5w

Prestes a assumir o sexto mandato de deputado federal, Vander Loubet (PT) espera assumir a coordenação da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional neste ano. O parlamentar participou do “Papo das Sete”, no Bom dia MS, e revelou já ter conversado com vários deputados para ter apoio e assim ocupar o lugar que hoje pertence à ministra Simone Tebet (MDB).

Vander tem boa relação com o presidente Lula, e está na Câmara Federal desde o primeiro mandato do petista, assumido em 2003.

vander papo das 7 bdms 12012023
Vander Loubet durante entrevista ao Bom Dia MS (Foto: Reprodução TV Morena)

Confira a entrevista feita pela jornalista Maureen Mattiello ?️:

Como o senhor avalia os episódios de vandalismo de manifestantes que invadiram as sedes do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto?

Inissível né? Eu acredito que envergonhou todo o nosso país, a imagem internacional nossa muito ruim. Acredito também que isso está nos permitindo, agora no novo governo, fazer alguns ajustes importantes e principalmente de punir severamente aqueles que invadiram, aqueles que são antidemocráticos e principalmente chegar na ponta, nos financiadores.

Acho que o ministro da justiça e sua equipe da intervenção do governo de Brasília já tem o levantamento, nos temos informações e aqui eu tenho diariamente conversado com o pessoal da polícia federal, com o governo, o secretário de estado. E acho que esse episódio todo unificou também os poderes, no entorno de fazer com que esses vândalos, esses antidemocráticos, possa pagar pelo crime que cometeram. Porque é contra a pátria e principalmente contra a democracia, isso não tem diálogo, nem anistia.

PT e PSDB foram adversários históricos, mas na última eleição as duas siglas se aproximaram. O que mudou?

Eu vejo que o desafio nosso, tanto do PSDB, quanto do PT, e tenho conversado bastante com p governador Reinaldo e agora com o governador Riedel, que nossa pauta, a nossa agenda, ela é muito mais convergente do que divergente. Se você pegar mesmo que a agenda econômica, nos defendemos e estamos na luta aí para melhorar o salário, que o salário-mínimo seja ajustado em cima da inflação, os programas sociais, nos votamos aquela PEC ainda nessa legislatura que vai nos permitir manter todos os programas sociais, aquilo que foi bandeira de campanha, que se você pegar ela tem muito alinhamento o que o Riedel pregou aqui.

Tanto é verdade, que se entendeu com os professores, ele esteve na FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), tá garantido, tem como proposta de governo e eu acredito que vai ser cumprido, a isonomia nos salários dos professores que são convocados e os que são concursados. Essa agenda social, agricultura familiar por exemplo, esse setor de investimento e recursos, que nos vamos estar canalizando juntos. E principalmente, o PSDB é um partido que foi criado com a ideologia social-democracia que não é muito diferente do nosso partido.

O problema é que, eu tenho falado muito isso, a disputa de hegemonia não é mais com o PSDB, a disputa de hegemonia tanto para nós, como para o PSDB, é com essa direita raivosa, golpista, que prega esse terrorismo, ou seja, esses vão ser nossos adversários daqui para frente. E eu acho que a gente tem muita afinidade e podemos construir um governo de equalização nacionalmente, como aqui no Estado caminha para ser também um governo de equalização com todas as forças democráticas.

Eu defendo isso, acredito que tem um espaço enorme, nos precisamos recuperar as instituições, as relações, independente das nossas diferenças politicas. O que nos não podemos mais, é manter esse clima desses últimos quatro anos que a gente viveu, que você não pode pensar diferente que é inimigo. Isso causou divergência em famílias imagina para fora na relação política partidária, na relação entre nós deputados e a classe política. Acho que a gente vive um novo clima, a eleição do Lula agora, a posse permite muito a gente recuperar essas valores, que eu acho importante”.

O PT terá uma participação no governo Riedel?

Nos estamos dialogando, temos uma reunião sexta-feira, amanhã, da bancada estadual e federal, toda ela com o governador, nós temos disposição de ajudar. Nós apoiamos no segundo turno porque com o Contar não dava né? Independente de estar no governo ou não. Hoje nós temos três deputados estaduais, nós temos um governo federal, dois deputados federais, que nós queremos, se for possível, construir, participar do governo dele. Nós estamos com essa disposição, a bancada toda.

Mas também se a gente não participar, nós vamos estar lá na assembleia legislativa, ou em Brasília, ajudando o Estado e ajudando aqui os municípios do Mato Grosso do Sul que tanto precisam de investimentos, de recursos. Eu acho que mais importante, tava conversando ontem com ele, ele esteve segunda-feira com o presidente Lula e o presidente Lula já tinha falado para nós da bancada, e o Ministro da Casa Civil disse ao Riedel, que o governo está preparando e pedindo para os governadores que cinco ou seis projetos estruturantes do estado, que eu acho que esse é o desafio maior.

Eu quero e pretendo ser coordenador da bancada no próximo ano para a gente trabalhar principalmente esses projetos que são estruturantes. A fabrica de fertilizante em Três Lagoas, nós precisamos este ano botar ela para funcionar, tá 90% concluída, falta 10, a Petrobras tem que terminar aquilo e entregar. Se vai privatizar, qual vai ser a modelagem, vai ser discutida e vai ser reada.

A ferrovia que liga Três Lagoas a Corumbá, nós fizemos um estudo aqui com a participação do município de Campo Grande, até pela questão aqui do terminal intermodal que tá parado, mas se não viabilizar a ferrovia e porto seco, não vence terminal.

Tá tudo certo para que o senhor ser o coordenador da bancada?

Tem uma conversa bem avançada com vários deputados, né. Eu tenho essa pretensão, tenho apoio do Dagoberto Nogueira, do Beto Pereira e do Geraldo, é da Câmara esse primeiro ano, com o senado a Simone Tebet é a atual presidente, coordena a bancada. Acredito que sim, já tenho essa conversa com o governador e claro que vou construir isso com toda a bancada. Até porque, como eu sou o mais antigo, a experiência que eu tenho e sendo do partido do presidente, eu acredito que isso facilite muito para esses projetos estruturantes, como te falei, a ferrovia, a questão da ponte do rio Paraguai, do corredor bioceânico.

A ponte tá andando a todo vapor, precisamos ali ter um investimento de R$ 160 milhões para fazer o braço, ligando a ponte até a rodovia 267, são 17 quilômetros.

Como a bancada do Estado deve atuar em relação ao corredor?

Eu acredito que, primeiro, esses são projetos de governo, que interessa toda a bancada. Tem uma coisa que em Mato Grosso do Sul conseguimos manter, construímos principalmente nesses 20 anos que eu estou lá, era dito que Mato Grosso era uma bancada que lutava todos pelo seu estado. Hoje a bancada do Mato Grosso do Sul, os três senadores, os oito deputados, independente das diferenças políticas, sempre tivemos unidos naquilo que é de interesse do nosso Estado.

Conflito agrário envolvendo disputa por terra entre fazendeiros e indígenas, uma alternativa para terminar com os conflitos será a possibilidade da união ressarcir o proprietário – que tem a escritura – indenizando pela terra nua. Algo que não é permitido hoje. O congresso nacional não poderia votar uma PEC sobre o tema?

Nos temos um problema principalmente em terras indígenas. Elas são terras que não pode indenizar as benfeitorias e ela tá na Constituição. E nós já tentamos, acho que tem mecanismo, acho que nessa pauta eu sou do diálogo, nós precisamos transformar isso aqui em um caldeirão de ingovernabilidade. E eu acredito é possível fazer. Por exemplo, a época do Zeca, tinha 58 fazendas ocupadas, deixamos só com duas, só da questão indígena. E sem meter a polícia, sem bater em ninguém, assentamos as pessoas, a Itamaraty é fruto disso, Eldorado e Sidrolândia é fruto disso, foi quem mais assentou.

Acredito que agora não seja uma questão nem assentar, temos que viabilizar os assentamentos. E para isso o governo começa agora uma nova estrutura, recriou o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Assistência Técnica, essas ferramentas em parceria com a Agraer, o quanto nós podemos avançar. E nisso nós temos unidade com o governador Riedel, ele pensa dessa forma. Nós temos que dar assistência técnica, temos que criar mecanismos, equipamentos nós trouxemos – a bancada junto com o governo Reinaldo – nós precisamos agora viabilizar produção, as agroindústrias e principalmente, a comercialização desse produto. Eu to muito entusiasmado com esse projeto, nessa parceria do governo federal com o governo do estado.

Leia também em Política! o461a

  1. Ex-governador de MS André Puccinelli é o primeiro entrevistado no podcast Política de Primeira (Foto: Ana Paula Carvalho)

    Puccinelli fala de prisão, rivalidades, arrependimentos, futuro - Política de Primeira - Entrevista completa 5g3e46

    Assista na íntegra a entrevista do podcast Política de Primeira com o...

  2. 5 assuntos que deram o que falar na ALMT em 2025; confira 73431u

  3. secretários tomam posse

    Eleições 2026: veja quem deve disputar ao governo de MT 72e70

    Faltando cerca de um ano e meio para as eleições gerais de...

  4. Coluna Política de Primeira MS é assinada pelo jornalista Henrique Shuto e terá podcast semanal com políticos (Foto: Ariovaldo Dantas)

    Política de Primeira: a coluna com bastidores políticos em MS 5b35k

    Coluna assinada por Henrique Shuto terá espaço para entrevistas e até polêmicas...

  5. Bandeirantes

    Definida data da nova eleição para prefeitura em Bandeirantes 284a5d

    Após o prefeito de Bandeirantes ter o mandato cassado pelo STE, por...

  6. Fim das barracas no Centro? Cadastro de ambulantes para Shopping Orla termina hoje 496s28