PF e CGU usam clássico da literatura para traduzir suspeita de corrupção em MS 5j562g
Operação "João Romão", personagem do livro "O Cortiço", de Aluizio de Azevedo, cumpre 14 mandados de busca e apreensão em investigação sobre fraudes na prefeitura de Corumbá 2r4o60
Com o nome de “João Romão”, inspirado em “O Cortiço”, clássico da literatura brasileira, a PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagrou operação em Corumbá, cidade a 420 quilômetros de Campo Grande, nesta quarta-feira (3).
No livro de Aluizio de Azevedo, o personagem que dá nome à operação da PF é classificado como “avarento, ganancioso e que quer as coisas só pra si”, segundo definiu a PF na nota à imprensa.

Alvo principal da operação, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ricardo Campos Ametla, é suspeito de corrupção em licitações do município para se beneficiar financeiramente. Servidor de carreira aposentado, ele ocupa funções em comissão há várias gestões em Corumbá.
“No período de 2022 a 2024, a empresa investigada firmou contratos que ultraam os R$ 12 milhões com a Prefeitura de Corumbá (MS), sendo que desse montante, cerca de R$ 6 milhões envolveram rees de recursos federais para o município, sobretudo para obras da área de esportes.”
Nota da Polícia Federal
Também estão atuando na operação “João Romão” equipes da CGU Controladoria-Geral da União).
Ao todo, 52 policias federais e sete servidores da CGU foram a campo, para cumprir 14 mandados de busca e apreensão em Corumbá e Campo Grande
“O objetivo é apurar o cometimento do crime de fraude ao procedimento licitatório em certames promovidos pela Prefeitura de Corumbá (MS), que visavam à seleção de empresas especializadas em obras públicas.”
Nota da Polícia Federal

Como tudo começou 4z4j5g
Primeiro, informações de irregularidades chegaram à PF, que solicitou auditoria à CGU. Foram confirmados indícios de fraude.
“Os auditores apuraram que houve direcionamento indevido da contratação de ao menos duas obras públicas para uma empresa vinculada a agente público municipal”, narra a PF na nota divulgada.
Diante disso, os trabalhos foram aprofundados, “confirmando os apontamentos realizados pela CGU e identificando necessidade de fase ostensiva”.
Canal de denúncias: 2k545
A Ouvidoria-Geral da União (OGU) mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias.
Conforme a divulgação feita aos jornalistas, “quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico.”
A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado””
Para fazer o cadastro, é preciso seguir as seguintes orientações:
- No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, basta marcar a opção “Operações CGU”;
- No campo “Fale aqui”, coloque o nome da operação e a Unidade da Federação na qual ela foi deflagrada.
Leia mais n1u6n
O outro lado 424q6o
Ricardo Ametla declarou que não tem conhecimento do teor das suspeitas e disse que se coloca a disposição da Justiça para os esclarecimentos necessários.
“De antemão eu já falo, que eu não tenho empresa nenhuma”
Leia abaixo a nota divulgada pela prefeitura: 5r441x
“Sobre a operação policial realizada nesta quarta-feira, 3 de julho, a Prefeitura de Corumbá esclarece que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e na residência de servidores da pasta.
No Paço Municipal, a ação policial foi acompanhada pela Procuradoria Geral do Município, que não teve o aos autos porque o processo corre em segredo de justiça. O expediente na Prefeitura de Corumbá segue normalmente nesta terça-feira.
A Prefeitura de Corumbá reitera seu compromisso com a lisura, transparência e o respeito com o erário. O Executivo municipal segue à disposição das autoridades competentes para prestar qualquer esclarecimento.”
Prefeitura de Corumbá