Justiça determina cassação de prefeita reeleita em Barra do Bugres e nova eleição em janeiro 4q512l
Ela também foi condenada à inelegibilidade por 8 anos e ao pagamento de multa de R$ 200 mil 6l6c6w
A Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura da prefeita reeleita em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, Maria Azenilda Pereira (Republicanos), por compra de votos. Ela também foi condenada à inelegibilidade por 8 anos e ao pagamento de multa de R$ 200 mil. A decisão é do juiz da 13ª Zona Eleitoral, Arom Olímpio Pereira, que determinou a realização de novas eleições em janeiro de 2025.

O vice-prefeito Arthur José Franco Pereira também teve o registro de candidatura cassado e terá que ajudar a pagar a multa de R$ 200 mil.
Conforme a ação, o filho de Maria Azenilda, Carlos Luiz Pereira Neto, conhecido como Cacá, que ocupa o cargo de secretário de istração no município, teria oferecido R$ 2 mil a Luciana Viana da Silva, em um comício da sua mãe, em troca de voto e apoio político para sua mãe Maria Azenilda Pereira, então candidata à reeleição ao cargo de prefeita. Consta ainda que Arnaldo Pereira, pai de Carlos e marido de Maria Azenilda, e Rosandria Cardoso da Silva, mulher de Arthur, teriam oferecido benefícios à
Luciana, tais como a construção de um muro em sua casa e um emprego melhor para que Luciana
votasse na chapa.
“(…) Teve um bate-papo na casa de um colega, que eu não vou citar o nome. Estava o Carlos lá, o “Cacá”. E o Cacá, quando terminou, me chamou e me abraçou e disse “fecha comigo, fecha comigo”. (…) Mas mesmo não acreditando em mim, ele disse: “Eu dou tudo que você quiser, eu faço um muro em sua casa, tudo o que você quiser”. Eu disse: “Um emprego também? Bom?”, ele disse: “Sim, um emprego bom (…)”, diz Luciana em vídeo apresentado durante audiência de instrução.
“Ainda no decorrer da audiência de instrução, Luciana apresentou seu aparelho celular que continha as conversas no WhatsApp com o contato “Kaká Veterinário” , mostrando o número de telefone do interlocutor das mensagens. Na ocasião, foi possível que os advogados de defesa manuseassem o aparelho, a fim de atestarem a veracidade dos diálogos e a identificação de chamada dos interlocutores”, afirmou o juiz em sua decisão.
“No caso tratado, é inegável o envolvimento direto de Carlos Luiz Pereira Neto nos fatos noticiados,
tendo efetivamente entregado quantia em espécie à Luciana Viana da Silva em troca de seu voto e
apoio político para a chapa formada por sua mãe, Maria Azenilda Pereira, além de ter prometido benefícios à denunciante”, disse o juiz.
Por meio de nota, a defesa de Maria Azenilda afirmou que a versão apresentada pela testemunha é “absolutamente inverossímil”.
“Recebemos na noite de ontem, véspera de feriado, a notícia de que o Juiz Eleitoral Arom Olímpio cassou o mandato da prefeita reeleita e de seu vice por alegadamente terem comprado o voto de uma eleitora cuja versão é absolutamente inverossímil.
Ainda não fomos oficialmente intimados, mas tão logo ocorra tomaremos as medidas cabíveis, adiantando, desde logo, que essa decisão não impede a diplomação e tampouco a posse de ambos.
De toda sorte, causa perplexidade a prolação de sentença, ainda mais com conteúdo tão extremado, enquanto pendente inúmeras diligências solicitadas pelas partes e pelo próprio juízo.
Tamanha é a precariedade de provas, o que demonstra o total desacerto dessa decisão, que o próprio Ministério Público Eleitoral opinou pela absolvição de Maria Azenilda e Arthurzão.
Portanto, a tempo e modo oportuno será devidamente esclarecida a situação junto ao TRE e definitivamente eliminada essa instabilidade causada no Município”.
A nota é assinada por Rodrigo Ciryneu que é advogado de Maria Azenilda e Arthur.
Quem é Maria Azenilda Pereira? 9261i
Azenilda Pereira tem 72 anos, é casada, tem ensino médio completo e declara à Justiça Eleitoral a ocupação de prefeita. Ela declarou um patrimônio de R$ 0.