Emanuelzinho diz que vai procurar ministros para ter VLT em Cuiabá 131q57

Autoridades políticas e sociedade organizada criticam a forma como o governo vem conduzindo a obra do BRT. 2468w

A possibilidade de instalação do VLT apenas em Cuiabá foi defendida nesta sexta-feira (15) durante audiência pública na Câmara de Vereadores. A discussão era sobre o BRT e os possíveis impactos negativos na cidade. O deputado federal Emanuelzinho (MDB) disse que vai conversar com ministros na tentativa de articular a implantação do VLT na capital.

Mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos já foram gastos com a obra do VLT. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).
Mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos já foram gastos com a obra do VLT. (Foto: Prefeitura de Cuiabá).

A obra de instalação do BRT já começou em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e tem gerado protestos por parte de comerciantes que temem o impacto econômico das obras da Avenida Couto Magalhães. 

Durante a audiência, o deputado Emanuelzinho afirmou que o grupo político não aceita a implantação de um outro modal de transporte rápido na capital, que não seja o VLT. Além das críticas sobre a eficácia do BRT, eles afirmam que não houve debate suficiente com a população e que há falta de informações oficiais. 

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“Estamos trabalhando e conversando com alguns ministros e Governo federal, ainda de forma informal, a possibilidade de um estudo de viabilidade técnica e econômica para a inclusão do VLT em Cuiabá”. 

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“Manifestei na audiência pública que não tem um motivo sequer que compense o BRT e que a obra está trazendo Várzea Grande para trás. Como não havia planejamento traçado, vai estreitar algumas partes da FEB. Então, nós não vamos aceitar em Cuiabá”.

Líder da audiência pública, o vereador Luiz Claudio disse que solicitou o debate por temer problemas para Cuiabá. “Nós solicitamos essa audiência publica pelo que ocorreu com a nossa cidade vizinha, Várzea Grande. Quando mudaram o traçado para Couto Magalhães, os comerciantes se rebelam. Nós queremos discutir isso antes, porque em Cuiabá também tem uma novidade: o traçado do BRT foi modificado”, afirmou.

A presidente do bairro Residencial Coxipó, Maria Inês Martins, afirmou que é necessário ter, em definitivo, uma solução para Cuiabá em relação a indecisão sobre BRT e VLT. “A nossa cidade precisa de uma decisão que seja boa pra todos. Muita gente está sendo prejudicada por essa indecisão”.

O Primeira Página entrou em contato com a Sinfra (Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso) e a comunicação da pasta disse que já foram feitas audiências públicas para falar sobre os estudos técnicos do BRT, apresentado o anteprojeto e do EIV– Estudo de Impacto de Vizinhança e RIV– Relatório de Impacto de Vizinhança. 

Sobre as declarações do deputado Emanuelzinho em relação a implantação do VLT em Cuiabá, a pasta disse que somente ele pode comentar o assunto. 

Traçado  6e4f1d

Após a aprovação do BRT em Várzea Grande, com a inclusão da Avenida Couto Magalhães no traçado do modal, comerciantes têm protestado por medo do impacto econômico que a obra pode causar. Eles levam em consideração a “quebradeira” provocada pelas obras do VLT em 2014 na Avenida da FEB. 

Obras do BRT na Couto Magalhães. (Foto: Michel Alvim/Secom-MT)
Obras do BRT na Couto Magalhães. (Foto: Michel Alvim/Secom-MT)

Em Cuiabá, o novo traçado do BRT inclui a subida pela Avenida Getúlio Vargas e descida pela Avenida Isaac Póvoas. Conforme os presentes na audiência, a rota é diferente da original e pode impactar de forma negativa na economia da cidade.

“Aqui em Cuiabá nos surpreendeu o BRT ter que subir a Getúlio Vargas, fazer a volta na praça 8 de abril e descer pela Isaac Póvoas e Generoso Ponce, inviabilizando totalmente a mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro.

Estiveram presentes na Câmara, o vereador que presidiu a audiência Luiz Cláudio (PP), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o deputado federal Emanuelzinho, e representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Mobilidade Urbana e representantes da sociedade organizada.

Rastro de corrupção do VLT l1i1u

A obra do VLT foi iniciada e deveria ter sido concluída antes da abertura da Copa do Mundo de 2014. Porém, o Governo de Mato Grosso decidiu substituir o modal de transporte mesmo após gasto de mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.

Dos 22 km de trilhos previstos no projeto, 6 já estavam prontos, mas a obra nunca foi concluída.

Trilhos do VLT estão sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Reprodução)
Trilhos do VLT estão sendo retirados em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Reprodução)

O atraso na entrega da obra e as denúncias de irregularidades no projeto fizeram o governo mato-grossense cancelar o contrato para construção do VLT ainda em 2017. Três anos depois, com as obras abandonadas, o governador Mauro Mendes decidiu desmontar parte da estrutura recém-construída e substituir o projeto original por outro, que prevê a implantação do BRT.

Mesmo com quase 80% do projeto inicial, do VLT, já executado, o governo de Mato Grosso afirma que gastará menos dinheiro público desmontando parte da infraestrutura já instalada e erguendo em seu lugar o BRT.

Em 2017 o ex-governador Silval Barbosa foi investigado e itiu ao MPF (Ministério Público Federal) ter recebido cerca de R$ 18 milhões do consórcio para a instalação do VLT.

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