Eleitor que colou teclas de urna queria “resolver o mundo”, diz advogado 4r3e41
Segundo o advogado do jovem preso por crime eleitoral, ele usava capuz para se transformar em personagem herói; suspeito faz tratamento psicológico desde a morte do pai 6j352j
O estudante Gabriel Scherer da Costa, de 22 anos, preso em flagrante após colar teclas de uma urna eletrônica, em Campo Grande, itiu que tentou inviabilizar a eleição, na manhã deste domingo (2), mas alegou não saber que estava cometendo um crime. De acordo com o advogado do eleitor, ele acreditava que estava salvando o mundo.

“Ele alega que está cansado com a questão política do país, que muito jovem não tem oportunidade e que nada acontece nas eleições. Ele não pensou que era crime e estava de capuz. Ele faz isso para se transformar em personagem ‘que vai resolver o mundo’”, declarou o advogado Joaquim Soares de Oliveira Neto.
Ainda segundo a defesa, o rapaz faz tratamento psicológico desde a morte do pai, vítima de covid. “Nunca cometeu crime, é muito educado, trabalha, sem contar que tem problemas de saúde, teve um surto”.
Preso em flagrante, o suspeito deve ar por audiência de custódia entre segunda e terça-feira (4). O advogado espera que Gabriel responda em liberdade.
O que diz a Justiça Eleitoral 1g551s
Conforme o juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, o eleitor entrou no local de votação, se identificou e, durante a votação, jogou uma espécie de supercola no teclado da urna.
“Ele foi embora e o eleitor seguinte não conseguiu votar e avisou a mesa. Substituímos a urna, a Polícia Federal foi acionada e fomos até a casa dele efetuar a prisão”.
O juiz confirmou que o suspeito usava um gorro e também máscara de proteção. “Ele não queria tirar a máscara, mas para identificar, os mesários pediram para ele tirar. A atitude já demonstrava que ele não queria ser identificado, mas, até então, ninguém desconfiou. Fomos descobrir só após ele deixar o local”.
Leia mais n1u6n
Em casa, na frente dos policiais, o suspeito confessou a atitude, inclusive para a mãe. “Prontamente ele confessou, sem maior problema, disse que se arrependeu e colaborou. Ele utilizou a cola e se desfez da embalagem. A princípio, ele não queria mostrar onde estava, mas colaborou e levou a gente até um bueiro a três quadras da casa dele”.
O jovem será ouvido pela Polícia Federal, ainda hoje, e depois encaminhado para audiência de custódia. Se condenado, ele pode pegar de cinco a 10 nos de prisão, por crime ao patrimônio público e por dificultar o trabalho da Justiça Eleitoral.