Comissão de Ética tem 48 horas para responder parecer sobre afastamento do vereador Paccola 6o3u2e
Na segunda-feira (11) a Comissão de Ética deverá definir os próximos os da denúncia apresentada pela vereadora Edna Sampaio 6k464f
A Comissão de Ética recebeu nesta quinta-feira (7) o parecer da Procuradoria da Câmara Municipal sobre a representação por quebra de decoro parlamentar contra o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos).

A denúncia foi apresentada pela vereadora Edna Sampaio (PT), na segunda-feira (4). O parlamentar é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, na última sexta-feira (1º), após uma confusão no bairro Quilombo, em Cuiabá. A representação foi recebida às 14h desta quinta-feira (7).
Foram dois pedidos, o primeiro de afastamento imediato do vereador Paccola e o outro é a abertura de um processo disciplinar que pede uma punição regimental ao parlamentar do Republicanos, de acordo com o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, vereador Lilo Pinheiro (PDT).
Sobre o afastamento preliminar de Paccola, Lilo disse que a Comissão de Ética vai se reunir e decidir se cabe a deliberação por parte dos membros da comissão ou se o pedido será encaminhado à presidência para decidir sobre um rito específico para votar no plenário.
“O que temos que fazer é responder em 48 horas aos requerimentos que chegaram pra gente. A resposta da Comissão de Ética será feita na segunda-feira (7)”, disse o vereador.
Segundo o vereador, a maior preocupação dos membros da Câmara de Cuiabá é de não cometer injustiça. “Vamos pautar os trabalhos na verdade real que será reada pelo inquérito da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa)”, disse.
Fazem parte da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara os vereadores: Lilo Pinheiro – presidente; Advair Cabral (PTB) e Kássio Coelho (Patriota).
São suplentes os vereadores Mário Nadaf (PV), Pastor Jeferson (PSD) e Michelly Alencar (União Brasil).
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Compartilhamento de provas o2p51
Os vereadores de Cuiabá se reuniram nesta quinta-feira, com os delegados da DHPP para debater o compartilhamento de provas do caso. A delegacia tem 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para concluir o inquérito sobre a morte do agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos.
Os delegados fizeram o compromisso de compartilhar todas as provas após a conclusão do inquérito.
Versão de Paccola 4v4936
Nesta segunda-feira, Paccola deu entrevista pela primeira vez sobre o assunto. Em coletiva na Câmara, ele disse que atirar no agente ocorreu dentro de um “procedimento técnico” e que “há uma diferença entre tiro pelas costas e tiro nas costas”.
No domingo (3), por nota, ele tinha declarado que o caso ocorreu quando estava a caminho de um compromisso. O vereador relatou que desceu do carro para ver por que o trânsito estava parado, mas que ouviu de uma pessoa no meio da aglomeração que o agente estava armado e de um terceiro que o agente iria matar a mulher.
O vereador relatou que em seguida viu Miyagawa com uma arma em punho, atravessando a rua com a mulher à sua frente. Paccola disse que pediu para que o agente largasse a arma, mas que ele teria se virado com o revólver e, por isso, atirou. Entretanto, as imagens mostram o agente de costas para o vereador.
Nas redes sociais, a namorada de Alexandre, Janaína Sá, disse que estava dirigindo e que entrou com o carro na rua Presidente Arthur Bernardes, na contramão, para usar o banheiro de uma empresa próxima.
Ela relatou que desceu do carro rápido e algumas pessoas que estavam no local começaram a xingá-la “por ter entrado na contramão”. Janaína afirmou que ignorou os xingamentos e atravessou a rua para ir até o estabelecimento.
“Saí andando rápido para ir no banheiro na distribuidora e o ‘Japa’ tem mania de andar com a mão na cintura, mania de policial, tipo fazendo guarda atrás de mim e disse: ‘amor espera’. Depois disso eu só vi ele caindo no chão”, relatou no vídeo.