Cida Gonçalves diz que levará "questões complexas" de MS para Ministério t1f3m
Cidinha foi anunciada nesta quarta-feira como a futura Ministra das Mulheres do governo de Lula; ela tem atuação longa na área como ativista 1x85h
Anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a “querida Cidinha”, a futura titular do Ministério das Mulheres, Aparecida Gonçalves, definiu que entre os desafios da pasta para Mato Grosso do Sul, onde desenvolveu sua experiência profissional, estão temas complexos, como o aumento dos casos de feminicídios, a violência sexual e a violência contra as mulheres indígenas. Para ela, também é preciso reestruturar a Casa da Mulher Brasileira, projeto que começou em Campo Grande, ainda no ano de 2015.
Só este ano, 43 sul-mato-grossenses foram mortas em situação de violência de gênero, quase 40% a mais que em 2021.
“Mato Grosso do Sul está no ranking da violência, principalmente na questão do feminicídio. Esse vai ser um tema prioritário do ministério. Mas, acho que é importante dizer que uma das grandes questões que pode contribuir para colocar Mato Grosso do Sul como uma das prioridades no ministério, é o fato de que aí a gente já tem efetivamente um processo de tipificação do feminicídio, que na maioria dos estados não tem”, citou.
“Em Mato Grosso do Sul temos o desafio do feminicídio, da violência sexual e nós temos o desafio da violência contra as mulheres indígenas”, complementou a psicóloga especialista em violência de gênero ao ser indagada sobre como sua atuação em Brasília poderá contribuir para a redução dos problemas nessa área no estado.

Integrante da equipe de transição para o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cida nasceu em Minas Gerais, mas está radicada em Mato Grosso do Sul há bastante tempo.
Na vida profissional, ela trava uma luta antiga em prol das mulheres. Já ocupou o cargo de secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nos governos de Lula e Dilma Roussef (PT).
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Esse longo caminho percorrido a faz perceber a importância do enfrentamento da violência contra mulheres, principalmente as indígenas. “Semana ada tivemos o assassinato da Estela, lá de Japorã, uma indígena, uma lutadora, rezadeira. Essa será é uma grande pauta do Ministério das Mulheres”, pontua.
Além disso, Cida reafirmou a importância de fortalecer a Casa da Mulher Brasileira e de políticas públicas para mulheres.
“A reconstrução da Casa da Mulher Brasileira, a rearticulação do 180, o fortalecimento dos organismos de políticas das mulheres nos estados e municípios, para que a gente tenha capilaridade tanto no enfrentamento da violência quanto na autonomia econômica, na participação política”, ressalta.