Câmara de Várzea Grande derruba lei de concessão do aterro sanitário em sessão marcada por embates e acusações 664o50

Com 16 votos favoráveis e 5 abstenções a pauta foi votada, mesmo com o pedido de retirada da prefeita Flávia Moretti 2u2fm

Em uma sessão conturbada realizada nesta terça-feira (07), a Câmara de Várzea Grande aprovou a revogação da Lei nº 3.540/2010, que permitia a concessão do aterro sanitário à iniciativa privada.

A decisão veio após tensão entre a base aliada da prefeita Flávia Moretti e os parlamentares liderados pelo presidente da Casa, Wanderley Cerqueira (MDB).

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Câmara Municipal de Várzea Grande. (Foto: Reprodução)

A revogação da lei foi aprovada por 16 votos favoráveis e 5 abstenções. Entre os que se abstiveram estão os vereadores Gisa Barros (PSB), Rogerinho Dakar (PSDB), Jero Neto (MDB), Sargento Galibert (PSB) e Kleberton Feitoza (PSB).

A prefeita Flávia Moretti havia solicitado a retirada do projeto de pauta, mas a maioria dos vereadores decidiu manter a votação, gerando fortes críticas da oposição.

Acusações de irregularidades e bate-boca em plenário 631z44

Durante a sessão, o clima esquentou quando o vereador Rogerinho Dakar subiu à tribuna e acusou a presidência da Câmara de colocar em votação uma cópia do projeto, alegando que o original havia “sumido da Casa”. Ele classificou a condução dos trabalhos como uma “picuinha política”, sugerindo que a aprovação da revogação é uma retaliação ao executivo municipal.

A sessão precisou ser interrompida duas vezes devido ao acirramento dos ânimos. Em um momento crítico, microfones foram desligados, o que intensificou ainda mais a tensão entre os parlamentares. Trocas de provocações e olhares desafiadores marcaram o episódio, evidenciando a crescente divisão política entre o legislativo e o executivo.

Disputa por cargos também gera conflito 54302l

Além da polêmica sobre a concessão do aterro sanitário, os vereadores discutiram a revogação da lei aprovada em outubro de 2024, que redistribuiu 59 cargos da presidência da Câmara para os gabinetes dos vereadores. Pela nova regra, cada gabinete ou a contar com dois cargos técnicos: um de assessor jurídico e outro de comunicação.

O vereador Kleberton Feitoza destacou que há um mandado de segurança determinando que o presidente Wanderley Cerqueira nomeie os assessores conforme a lei vigente. Ele pediu que a decisão seja cumprida no prazo de 24 horas, sob pena de descumprimento de ordem judicial.

“A lei foi aprovada democraticamente no ano ado, e é inissível que agora, por questões políticas, se tente revogá-la. Precisamos respeitar as decisões legais e garantir a estrutura necessária para o bom funcionamento dos gabinetes”, declarou Feitoza.

Divisão política e ataques pessoais 3v5u2b

Durante os debates, os vereadores trocaram farpas e usaram argumentos pessoais, com referências constantes à vereadora Gisa Barros. Em vários momentos, parlamentares se referiram a ela de forma pejorativa, com frases como “a senhora, como mulher, deveria…”, enquanto outros rebatiam com expressões como “eu, como homem…”. A postura gerou desconforto e críticas de quem acompanhava a sessão.

Nos bastidores, comenta-se que o embate reflete a crescente divisão entre o legislativo e a prefeita Flávia Moretti. A base da prefeita acusa o presidente da Câmara de manobrar politicamente para enfraquecer a istração municipal, enquanto os aliados de Cerqueira afirmam que estão apenas cumprindo suas funções legislativas.

Impacto das decisões 4b2f57

A revogação da lei de concessão do aterro sanitário pode comprometer os planos do executivo de modernizar a gestão de resíduos sólidos em Várzea Grande, um dos desafios históricos da cidade. Já a redistribuição dos cargos técnicos nos gabinetes visa garantir maior eficiência no trabalho parlamentar, segundo os vereadores que defendem a manutenção da norma aprovada em 2024.

A sessão desta terça-feira escancarou a tensão política na cidade, com consequências que devem se desdobrar nos próximos dias, tanto no plenário quanto nos bastidores.

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