Botelho rebate Júlio Campos sobre pouco trabalho de deputados 65a40
Júlio Campos é presidente da CCJ e afirmou que já está discutindo o retorno de sessões às terças e quintas. 4x5y4t
O presidente da ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso) Eduardo Botelho (União) não gostou das declarações feitas pelo deputado Júlio Campos (mesmo partido) à Rádio Centro América FM. Na manhã desta quarta-feira (15), o deputado disse que os parlamentares trabalham pouco e que apenas uma sessão por semana é insuficiente para tudo que precisa ser feito e, por isso, deve apresentar projeto para a realização de mais sessões ordinárias.

“Eu acho que a fala dele não tem sentido, porque o importante é os projetos estarem disponíveis para serem votados, e eles estão. Se não está trabalhando é a comissão dele. Tem que trabalhar nas comissões. As grandes discussções acontecem nas comissões, e o plenário é apenas uma finalização, mas as monções, emendas, e modificiações são feitas nas comissões”, disse Botelho.
A fala de Júlio Campos ocorreu quando o deputado comentava sobre o fato de Mato Grosso, apesar de grande exportador de produtos agropecuários, não consegue atrair indústrias, quando afirmou que pretende levantar este assunto na ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso), mas uma sessão semanal não é suficiente para o debate.

“Eu quero levantar essas teses na Assembleia, mas até agora não consegui porque a sessão é só quarta-feira. Eu e o deputado Wilson [Campos, do PSD] estamos levantando a tese de que não pode continuar tendo uma sessão na quarta-feira, de manhã e à tarde”, disse ele.
Questionado sobre estar à frente da Comissão de Constituição e Justiça, que pode apresentar este tipo de proposta, ele disse que já se reuniu com outros deputados para que as sessões plenárias de terça-feira e sexta-feira sejam retomadas.
“Na sexta, o cidadão pode ir para o interior. Porque ocorre que a grande maioria dos deputados não é de Cuiabá e, agora que inventaram o voto pelo computador, ninguém quer sair de casa, ninguém quer sair do seu escritório. E você vai debater com o cidadão via computador?”
Segundo ele, a tecnologia é bem-vinda, mas atrapalha porque minimiza a importância dos debates e reduz o tempo de discussões de pautas importantes para o estado.