Botelho critica transferência de ex-PM que matou advogada para presídio especial 2wu12

A Assembleia Legislativa é reflexo do pensamento da população. Ele ressalta que, por ser um ex-militar, Almir não deveria ter direito a 'prisão especial' 11d1d

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), voltou a defender o fim da ‘prisão especial’ ao ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, no dia 13 de agosto.

O Ministério Público também foi contrário ao retorno do suspeito para a unidade especial.

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Deputado Eduardo Botelho (Foto: JLSiqueira/ALMT)

Segundo ele, a Assembleia Legislativa é reflexo do pensamento da população. Ele ressalta que, por ser um ex-militar, Almir não deveria ter direito a ‘prisão especial’.

“Ele foi um policial que nem cumpriu o prazo de experiência, e já foi excluído. Ele vinha no crime já constantemente. O crime dele foi cruel, covarde, com total de respeito pela vida humana, pelas pessoas. Então, nós entendemos que ele realmente não deva ter nenhum privilégio, ele deveria ser colocado lá mesmo junto com os presos comuns”, defendeu.

A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso confirmou que o indiciado foi transferido nesta segunda
Perícia realizada na casa de Almir, preso pela morte da advogada em Cuiabá (Foto: PJC-MT)

Almir chegou a ficar em presídio comum. Entretanto, foi determinado, pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fidélis, que Almir fosse transferido para a cadeia pública de Chapada dos Guimarães. A unidade é destinada a ex-policiais.

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Botelho, no entanto, entende que o juiz também está correto ao determinar a transferência. Lembrou que cabe a Vara de Execuções Penais proteger a vida das pessoas que cumprem pena.

“Então, nós também entendemos a posição dele. É algo polêmico que a gente tem que discutir, mas nós estamos externando o pensamento da população. Ele não deve ter esse direito”, disse.

Agressores que trabalham na ALMT 5k4837

O presidente também comentou os dois casos de agressões envolvendo servidores da ALMT. Primeiro, foi preso o procurador da ALMT, Benedito César Correa Carvalho, acusado de manter uma garota de programa, de 19 anos, em cárcere privado em um condomínio de Cuiabá.

Ex-deputado estadual José Joaquim de Souza Filho, conhecido como Baiano Filho. (Foto: José Luiz Gomes de Siqueira/Secom-ALMT)
Ex-deputado estadual José Joaquim de Souza Filho, conhecido como Baiano Filho. (Foto: José Luiz Gomes de Siqueira/Secom-ALMT)

O segundo foi o ex-deputado estadual, José Joaquim de Souza Filho – Baiano Filho, que ocupava a vaga de assessor parlamentar da Mesa Diretora. Baiano foi detido na madrugada de domingo (27) por agredir a esposa, em Confresa , a 1.160 km de Cuiabá.

“Nós temos lutado muito para acabar de vez com essa violência doméstica, com esse machismo exacerbado, ignorante, de agressões às mulheres, e a Assembleia teve dois casos. O caso do procurador, nós afastamos de imediato, criamos um PAD (Processo istrativo Disciplinar), onde ele vai ter as suas punições, que pode até culminar com a perda do cargo. Tivemos o caso de um assessor da presidência (Baiano Filho), ele era cargo comissionado e nós o demitimos de imediato”, disse.

Ciclo de palestras 6q4pm

Para evitar novos casos envolvendo servidores, segundo Botelho, foi feito um convite ao juiz 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar, Jamilson Haddad Campos, para organizar um ciclo de palestras dentro da ALMT.

A participação dos servidores será obrigatória.

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Valcinei foi agredida dentro um carro pelo ex-deputado Baiano Filho (Foto: Reprodução)

“Nós queremos levar isso para outros poderes, para outros órgãos, para as escolas. Precisamos realmente começar a trabalhar no preventivo, porque as pessoas têm que entender desde criança, desde novo, que violência não é cabível”, disse.

Assassinato de advogada 1q5o1r

A advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi encontrada morta dentro de um carro no Parque das Águas, em Cuiabá, no final da tarde do dia 13 de agosto.

Cristiane Castrillon - advogada morta (Foto: reprodução)
Cristiane Castrillon – advogada morta (Foto: reprodução)

Segundo as investigações da Polícia Civil, Cristiane ou a tarde de sábado em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22h foi com o seu carro até um bar nas proximidades da Arena Pantanal. No local, a vítima conheceu um homem com quem teria deixado o bar por volta das 23h30.

Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato com a vítima, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro, o irmão dela ou um aplicativo que indicou que o celular estaria no Parque das Águas.

No local, o corpo da vítima foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, já sem vida, sendo encaminhada ao hospital pelo irmão. 

Com base nas informações, os policiais da DHPP (Delegacia de Homicídios) deram início às diligências, chegando até o último local em que a vítima esteve antes da morte, em uma residência no Bairro Santa Amália.

Por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível ver o veículo da vítima saindo do endereço, na parte da manhã, com o suspeito na direção. Então, a polícia conseguiu localizar e prender Almir.

A juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, determinou a mudança de prisão em flagrante para preventiva, na segunda-feira (14).

No dia 15 de agosto, o suspeito foi transferido para um presídio militar em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, destinado a ex-policiais. Depois, foi transferido para PCE.

Quem é o suspeito 59526q

Almir Monteiro – preso pela morte – é ex-policial militar e ingressou na corporação em 13 de novembro de 2000. Contudo, em 21 de março de 2013 foi instaurado processo istrativo para sua demissão por roubo.

Almir Monteiro dos Reis principal acusado de feminicídio. (Foto: Reprodução)
Almir Monteiro dos Reis principal acusado de feminicídio. (Foto: Reprodução)

A expulsão de Almir foi publicada no Boletim Geral Eletrônico n.º 1211, em 19 de março de 2015, que concordou com o relatório conclusivo do Conselho de Disciplina, que decidiu pela demissão do ex-policial.

No mesmo ano, a defesa de Almir apresentou um mandado de segurança contra a sua demissão. Na época, ele alegou que é portador de esquizofrenia, razão pela qual teria sido interditado judicialmente. Contudo, ele não conseguiu regressar à corporação.

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