Azambuja cita João de Deus e Abdelmassih ao falar de suspeitas sobre ex-prefeito 501l69
Ao ser perguntado nesta quarta-feira (27) sobre investigações de crimes contra a dignidade sexual envolvendo o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), pré-candidato à sucessão estadual, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), citou dois homens que protagonizaram escândalos de amplitude nacional relacionados a abuso sexual como exemplos de que neste campo, é preciso encorajar as denúncias das vítimas.
“Vamos esperar correr as investigações. Agora, todo criminoso que tem essas práticas sexuais – e vocês acompanharam as últimas, João de Deus, Abdelmassih – ele tem uma prática: quando alguma mulher denuncia, encoraja outra mulher”, sentenciou.

João de Deus é o homem que liderou uma comunidade religiosa durante décadas e acabou preso por violentar centenas de mulheres. Roger Abdelmassih é o ex-médico especialista em reprodução assistida que também acabou condenado por crimes de estupro.
Antes de falar desses “predadores sexuais”, como são chamados condenados por crimes sexuais em série, o governador afirmou que “desde a denúncia inicial, muitas mulheres procuraram a Delegacia”, em relação à apuração contra Marquinhos Trad.
“Não é caso de política, é caso de polícia, e a polícia vai apurar com todo rigor”, disse aos jornalistas.
As afirmações foram feitas durante o lançamento do Festival de Bonito, um dia depois de coletiva da Polícia Civil para falar do caso e anunciar número específico para receber informações de eventuais novas vítimas.
Azambuja também defendeu que a palavra das mulheres deve ser respeitada. “Não dá também para transformar essas mulheres que são vítimas de estupro, assédio, de uma série de crimes contra as mulheres, em pessoas que não tem qualificação”, declarou.
Segundo suas afirmações, não são poucas vítimas. Estou dizendo a vocês que são inúmeras denúncias que todos os dias surgem pelos canais da Polícia Civil. Então vamos deixar correr”.
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Durante seu posicionamento, o governador cutucou Marquinhos em relação a uma fala atribuída ao agora adversário. “Não vamos fazer julgamento de ninguém, quem condena, diferente do que já disse o próprio ex-prefeito, que esses dias ele foi numa reunião num frigorífico e disse que eu era corrupto e criminoso. E ele tá equivocado primeiro que eu não tenho nem processo aberto nos meus 26 anos de vida pública”.
O caminho, observou Azambuja, é esperar que tudo seja apurado. “Não vamos fazer julgamento, quem julga é a justiça, feita as apurações, a justiça vai dizer”.