Adonis Marcos declara apoio a Eduardo Riedel no 2º turno 25692u
No 1º turno, candidato do PSOL recebeu 3.251 votos (0,23% dos válidos); já o partido informou que é impossível defender qualquer uma das candidaturas ao Executivo de MS 335zs
Adonis Marcos (PSOL), candidato que recebeu 3.251 votos (0,23%) e foi um dos derrotados no 1º turno das eleições para o governo de Mato Grosso do Sul, declarou apoio a Eduardo Riedel (PSDB) no 2º turno.

“Não vou votar nulo, não vou votar branco, de nenhuma forma eu poderia ficar neutro. Não posso concordar que o Contar tenha mesmas capacidades técnicas que o Riedel contém. Ou seja, a minha decisão foi muito clara. Ao mesmo tempo, sendo dolorosa, sendo difícil pra que eu pudesse tomar essa decisão, mas consultando minha base, consultando as pessoas que me apoiaram, decidimos por uma questão lógica, capacidade istrativa. Se nós observarmos, qual capacidade istrativa que o Contar teve a não ser cuidar do almoxarifado do Exército? Quanto deputado estadual, qual foi a lei que aprovou que mudou a vida dos sul-mato-grossenses? Posso dizer a você que nenhuma”, declarou Adonis ao Primeira Página.
“Já do outro lado nós temos outro candidato bolsonarista, que a meu ver é o mais bolsonarista dos dois, que é o Riedel, porque todo o grupo do Bolsonaro está com ele, inclusive a Tereza Cristina, que é a coordenadora da campanha do Bolsonaro no estado, é apoiadora do Riedel. Por que não dizer que ele é o mais bolsonarista? Lógico que é. Só que, entre os dois, tomando decisão pela questão lógica, coerente, de capacidade técnica, a de se falar que Riedel tem muito mais condição do que o próprio Contar. Com base nisso, com base na questão da governabilidade, da democracia, eu não posso ficar neutro. Hoje eu declaro meu voto ao Riedel e vou pedir que minha base, se puder, seguir minha orientação”, completou.
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Em nota, o diretório estadual do PSOL informou que é impossível defender qualquer uma das candidaturas ao Executivo sul-mato-grossense e está pedindo para que os filiados se dediquem à candidatura de Lula (PT) à Presidência da República.
Veja abaixo, na íntegra, a nota do diretório estadual do PSOL MS sobre o segundo turno das eleições: f2uy
“O segundo turno das eleições no Brasil se apresenta como o mais decisivo das últimas décadas para o futuro do país, além disso, a disputa pelo governo do Mato Grosso do Sul se configurou pior do que o esperado. Dois candidatos de direita, defensores ferrenhos do agronegócio e da agenda neoliberal, tentam provar agora quem consegue ser mais Bolsonarista.
Por estarmos ao lado da luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, dos movimentos sociais e populares e do movimento indígena, é impossível que defendamos qualquer uma das campanhas colocadas nessa disputa. Os dois candidatos não possuem nenhuma condição de assumir qualquer compromisso com uma agenda minimamente progressista que seja. Apesar disso, o projeto mais fiel ao bolsonarismo, que inclusive recebeu apoio público do Presidente Bolsonaro, é aquele que se orgulha de dizer: “capitão lá, capitão cá”. Em resposta, nossa palavra de ordem deve ser: Nenhum Voto em Capitão, nem para presidente do Brasil, nem para governador do Mato Grosso do Sul.
Certos de que o papel histórico da esquerda socialista neste momento é combater as ameaças autoritárias e de aspirações fascistas e a agenda neoliberal de desmonte social, o PSOL Mato Grosso do Sul orienta a sua militância a dedicar todos os esforços possíveis para a campanha de Lula no estado, no sentido de disputar indecisos, virar votos e convencer pessoas omissas a votarem contra Bolsonaro no dia 30 de outubro. Acreditamos que a derrota de Bolsonaro e a vitória de Lula oferecerão condições e possibilidades de uma reorganização do nosso campo político para o enfrentamento à futura gestão do governo de Mato Grosso do Sul, qualquer que seja o eleito.
Tenhamos o maior empenho possível para eleger Lula e perseverança para as lutas que virão!“