Estudante de medicina se apaixona por mulher casada e escreve uma obra-prima da música brasileira 183z52
A história de um dos maiores clássicos da música brasileira que não existiria se não fosse o desejo proibido de uma das maiores vozes do Brasil. 2o1t35
Essa talvez seja a música que mais usou metáforas na história da música brasileira.
O mercado fonográfico já se rendeu a economia da atenção. Por isso, é muito provável que nunca mais tenhamos músicas com o formato que essa música tem. É item de colecionador.
Primeiro que as músicas de hoje tem como matéria-prima maior a transpiração e não a inspiração. Isso porque os compositores precisam produzir um novo hit por semana! Não podem se dar ao luxo de esperar a inspiração vir.
A música brasileira vive hoje de hype. O lançamento precisa capturar a atenção de quem está eando pelas redes sociais. Precisa ter um começo marcante, entregar logo pra um refrão chiclete e que não se demore. Pá, pum. E ai, na próxima semana precisa ter outro pra tentar surfar o hype outra vez.
A música que o estudante de medicina fez pra mulher casada pela qual ele se apaixonou, foi lançada em 1978 no álbum de estreia de Zé Ramalho.

E o que aconteceu pro estudante de medicina escrever essa obra-prima da música brasileira? 4a32e
Ele era muito jovem e se enrolou com uma mulher mais velha, casada e da alta sociedade. Esse rabo de foguete durou muitos anos, mas esses casos nunca terminam bem.
Um belo dia, a mulher casada percebeu que o menino tinha se apaixonado de verdade por ela e aí quis por um fim na aventura. A mulher não quis mais o moleque.
Ele foi pro fundo do poço, mas, acabou encontrando lá o maior sucesso da carreira dele.
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Existem 4 teorias para o nome dessa música 5c454k
1- O nome é uma metáfora pra um piso frágil, que pode quebrar a qualquer momento. 1o695t
2- É uma metáfora pra uma substância proibida. 2j2e7
3- A terceira, é que o nome derivou do nome da musa inspiradora x4l64
4- Existe um costume no Nordeste, que quando o corno quer saber se foi traído, ele espalha embaixo da janela do quarto pó de giz pra quando o bonitão entrar marcar o piso com as pegadas no chão. No chão de Giz. 1b2d51
Ou no chão da Giza, como era chamada a mulher que deixou o menino Zé Ramalho apaixonado.

Explicando as metáforas de “Chão De Giz” 59321y
A Giza e o maridão poderoso, sempre saíam nas colunas sociais. E o Zé guardava várias fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde (repetidas vezes.)
Como ela quebrou o coração de Zé, ele resolveu pegar tudo isso e jogar num pano de guardar confetes, uma saquinho que as costureiras usavam pra guardar recortes.
Como sabemos, o marido da Giza era muito poderoso, um “grão-vizir” (como era chamado o primeiro-ministro do Império Otomano). Por isso, mesmo se o Zé disparasse balas de canhão, não dava pra disputar com o cara. A violeta velha ia ficar sem o colibri.
Mas o colibri tava louco por ela. Por isso ele pensa” Será que eu coloco uma camisa de força pra que eu me afaste de vez dela ou coloco uma de vênus (camisa de vênus é uma expressão para “preservativo”) e vai pra cima?
Mas depois ele cai na real e decide que não quer mais ser usado por ela como quem fuma um cigarro. Ele não quer ser efêmero na vida dela.
Como a Giza não quis o menino Zé pra um amor de verdade, mesmo sofrendo ele sai de cena pra manter o amor próprio intacto.
“No mais estou indo embora…”.
Será que o ritmo contemporâneo nos permite desfrutar de música brasileira com essa densidade">Quero deixar minha opinião!