Brô MC’s faz do Rock in Rio vitrine da cultura indígena para o mundo 2e236n

Foi na segunda tarde do maior festival de música do Brasil que o grupo sul-mato-grossense Brô MC’s brilhou. Atrações do palco Sunset, na companhia de Xamã, os rappers levaram a cultura indígena ao Rio de Janeiro, falaram da luta dos povos originários e fizeram milhares de pessoas cantarem em uma só voz:

“Chega, de matança e violência, não importa a raça ou crença, somos a luta da resistência, tamo na luta até o fim”.

Depois de meses de preparação e espera, o primeiro grupo de rap indígena do Brasil finalmente subiu ao palco do Rock in Rio. Convidados pelo cantor Xamã, Kelvin Mbaretê, Bruno Veron, CH e Tio Creb são integrantes das comunidades Jaguapiru e Boróró, em Dourados – cidade a 235 km de Campo Grande – fazem parte da etnia Guarani-Kaiowá e usam suas letras e vozes para contar o cotidiano do seu povo.

Nas redes sociais, o grupo registrou toda a preparação para o show, desde os ensaios, as pinturas dos corpos, a chegada na cidade do Rock, a primeira agem de som no palco, os bastidores e até um momento único, em que Xamã dá dicas valiosas para a apresentação.

Com tudo pronto, os rappers transformaram o palco Sunset em vitrine da cultura indígena para o mundo. Corpos pintados, cocar na cabeça e muito personalidade, assim os quatro sul-mato-grossense encantaram o público do Rock in Rio com suas músicas, que misturaram português e guarani.

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Ao fim da apresentação, entoaram o pedido pelo fim da violência e da discriminação. Ao lado de Xamã, fizeram a multidão que assistia o show cantar a estrofe em uma única voz. Diversos comentários elogiando as músicas e a representatividade do Brô MC’s tomaram as redes sociais.

Com 13 anos de estrada, o grupo comemora o reconhecimento fora de Mato Grosso do Sul. “Estamos super felizes de estar aqui, pisando no Rock in Rio, trazendo nossa cultura, nossas etnias, isso que é bacana de estar representando a comunidade indígena”, afirmou Clemerson Batista, um dos integrantes do Brô MC’s.