Aos 7 anos, Wellinton vai tocar em Barretos sucesso de Almir Sater 10s4c
Violeiro e cantor, Wellinton, de apenas 7 anos, vai se apresentar na Festa de Barretos, em São Paulo 4l2j3x
Desde pequenininho, Wellinton Júnior fingia que tudo era sua viola. Dedilhando cavalinho de pau, depois linha de pesca, até finalmente conquistar seu primeiro instrumento. Agora, aos 7 anos, ele embarca para uma grande aventura: a 65ª edição da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, que acontece neste fim de semana em São Paulo.
No evento, o maior do gênero da América Latina, o pequeno promete homenagear uma das suas grandes inspirações: Almir Sater. Na ocasião, vai cantar “Comitiva Esperança”, parceria do cantor e ator de Pantanal com Paulo Simões. “Lá ele cantar duas músicas, a primeira é Comitiva Esperança representando o mestre Almir Sater, a segunda um pagode de viola do saudoso Tião Carreiro”, conta a mãe Josivana schina da Silva, 29 anos.
Todo esse amor pela viola tem explicação. “Som dela me encanta”, confessa ele, em entrevista ao Primeira Página. O jovem músico, ainda tímido, conta que está muito “animado e feliz em participar do evento”.
Viagem em família 6w101s
Josivana explica que o filho sempre foi apaixonado por música. No início, segundo ela, o que encantava os familiares era a rapidez dele em decorar letras de canções.
Leia mais n1u6n
“Ele toca desde que era pequenininho. Primeiro ele brincava fingindo que o cavalinho de pau era instrumento, tudo ele pegava e transformava em viola, fingia que tocava, transformava em música, isso com um ano e dois aninhos. Também nessa idade, ele começou a gravar músicas, letras difíceis, tinha uma facilidade de gravar letras compridas, foi indo e indo, até que minha mãe achou uma violãozinho, colocou linha de pescar nele e onde ia, ele levava, foi quando percebemos que ele gostava mesmo do instrumento”, explica.

Com 4 aninhos, o cantor já estava no palco, “sem vergonha nenhuma, cantando Saudades da Minha Terra e Boate Azul”, relembra a mãe.
Foi quando no Natal daquele ano, Wellinton pediu uma viola ao Papai Noel, que prontamente o atendeu.
“Papai Noel entregou a viola para ele, começou a brincar em casa, tocar do jeitinho dele, que mesmo sem saber, seguia um ritmo. Com cinco anos, decidi pagar aulas de viola para ele. Na primeira, já conseguiu compreender o ritmo e o professor ficou encantando. Na segundo aula estava tocando uma música”, relembra Josivana.
Apesar do talento, a mãe conta que ele ainda não deixou de ser criança. Assiste com frequência Masha e o Urso e ama brincar com carrinho.
“Não pressionamos ele para tocar, nem nada. Às vezes ele está brincando com alguma coisa e de repente ouvimos a viola. Depois, deixa um pouquinho de lado e monta um quebra-cabeça. Tudo no tempo dele”, frisa.
A apresentação em Barretos é uma competição, que segundo a mãe, selecionou nove crianças, de 6 a 12 anos. “Eu vi no Instagram a divulgação desse Barreto Kids e decidi enviar o vídeo para a seleção. Ele foi selecionado e eu creio que entre as crianças, ele deve ser um dos poucos que cantam e tocam instrumento. Eu vejo que ele tem um potencial muito grande ainda e é uma alegria poder representar Mato Grosso do Sul em uma das maiores festas de rodeio da América Latina. Sempre falo para ele que o importante é competir, participar, é uma oportunidade para que alguém veja esse talento todo que ele tem”, se derreta a mãe coruja.
A família sai de Campo Grande na sexta-feira (26) e vai todo mundo. “Porque a mãe fica emocionada e não consegue gravar”, frisa.